Gregos prontos para a Espanha

A Grécia está a saborear a sua condição de surpresa neste UEFA EURO 2004™ e tem como objectivo acrescentar a Espanha no seu role de vítimas, após o triunfo sobre o anfitrião do torneio, Portugal. Esta foi a opinião expressa pelo avançado Themistoklis Nikolaidis, quando falou em conferência de Imprensa, 48 horas antes do segundo jogo da sua equipa no Grupo A, frente à Espanha, a realizar no Porto.

Provar dentro de campo
Como jogador do Club Atlético de Madrid, Nikolaidis está consciente da força do adversário que a Grécia vai defrontar no Estádio do Bessa. No entanto, o avançado recusa assumir uma atitude submissa em relação aos espanhóis. "A Espanha tem melhores jogadores que nós e são melhor equipa, mas terá de prová-lo dentro de campo", referiu.

A vingança espanhola
A Grécia atingiu a fase final do EURO 2004™ ao terminar em primeiro no seu grupo de qualificação, à frente, precisamente, de Espanha, muito graças à vitória por 1-0 alcançada em Saragoça, em Junho passado. Sobre um hipotético desejo espanhol de vingança, Nikolaidis adiantou: "Não é um problema para nós. Eles são favoritos, mas os nomes nas camisolas não ganham jogos". Todavia, apontou Juan Carlos Valerón e Fernando Torres, seu colega de equipa no Atlético de Madrid, como os "mais perigosos jogadores".

O exemplo dinamarquês
O avançado de 30 anos de idade entrou na segunda parte do jogo com Portugal, no passado sábado, uma vez que se debateu com uma lesão nos gémeos durante as últimas semanas. Contudo, Nikolaidis está pronto para ajudar o seu país a copiar as façanhas de outro "outsider" que venceu o Campeonato da Europa, em 1992, a Dinamarca. "Os dinamarqueses são um bom exemplo, pois, na altura, não eram a melhor equipa, mas fizeram algumas coisas espectaculares e não penso que fossem melhores do que nós somos agora. A nossa prestação não me surpreende. Estamos juntos há dois anos e conhecemo-nos muito bem".

Necessária concentração
No entanto, o médio grego Vassilios Tsiartas alertou para os perigos de um entusiasmo pela vitória sobre Portugal. "É muito bom que o Mundo esteja a falar de nós neste momento, mas isso não significa que vão continuar a falar de nós após o jogo com Espanha. Temos de manter-nos concentrados na nossa tarefa", defendeu.