O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

A paixão segundo Rehhagel

O treinador da Grécia, Otto Rehhagel, elogiou a sua equipa pela paixão demonstrada no jogo frente à Espanha.

O treinador da Grécia, Otto Rehhagel, acredita que a paixão mostrada pelos seus jogadores foi a chave para a impressionante luta dada à Espanha no jogo do Grupo A do UEFA EURO 2004™, realizado no Estádio do Bessa.

Os golos
Fernando Morientes colocou merecidamente a Espanha em vantagem na primeira parte, ao aproveitar uma assistência de Raúl González para bater com êxito o guarda-redes Antonios Nikopolidis. No entanto, a equipa de Otto Rehhagel nunca baixou os braços e igualou o marcador na sequência de um excelente remate aos 66 minutos. Vasilios Tsiartas, cuja entrada, a par de Demistoklis Nikolaidis, deu à Grécia um novo ímpeto, efectuou um passe longo para Angelos Charisteas e o avançado conseguiu manter o sangue frio e facturar.

Cartões amarelos
Após ver a sua equipa aguentar o empate a uma bola, que a coloca no topo da classificação do Grupo A, a par da Espanha, com quatro pontos, Rehhagel afirmou: "Queríamos mostrar paixão, por isso é que vimos alguns cartões amarelos no início do jogo".

O risco de tanta paixão
Georgis Karagounis foi um dos jogadores amarelados e vai falhar o jogo frente à Rússia. No entanto, Rehhagel insistiu que os seus jogadores tiveram razão em adoptar uma abordagem agressiva. "A Espanha trocou a bola muito bem", disse. "Mostrámos muita paixão e isso pode ser arriscado contra uma equipa tão técnica como a Espanha, mas não tínhamos alternativa".

Grande oportunidade
"Estivemos sob grande pressão nos últimos 15 ou 20 minutos - tal como no nosso primeiro jogo - e esse aspecto é algo que temos que trabalhar. No entanto, esta é uma fantástica oportunidade para o futebol grego, pelo que temos de a aproveitar".

Prova de valor
Charisteas acredita que o resultado confirmou a ascensão da Grécia. "Mostra que a nossa vitória sobre Portugal não aconteceu por acaso", disse o marcador do golo helénico. "Somos uma equipa séria, jogamos colectivamente, temos carácter e experiência. Lutámos até ao último minuto e defrontámos a Espanha de igual para igual".

Excelente ambiente
Apesar de os adeptos gregos terem estado em grande desvantagem numérica em relação aos espanhóis, contribuíram para uma atmosfera vibrante, pelo que Charisteas acrescentou: "Estamos orgulhosos dos nossos adeptos e esperamos que sejam muitos mais a apoiar-nos no último jogo. Claro que o facto de continuarmos invictos significa que as expectativas em relação à Grécia estão a subir. No entanto, vamo-nos limitar a fazer o nosso melhor".

A conversa de Rehhagel
O capitão da Grécia, Theodoros Zagorakis, revelou que a conversa de Rehhagel ao intervalo com os seus jogadores levantou o moral dos gregos, ao afirmar: "Ele disse-nos para não nos desencorajarmos e convenceu-nos de que ainda tínhamos possibilidades de conseguir algo no jogo".

Sáez desiludido
Entretanto, o treinador de Espanha, Iñaki Sáez, lamentou o desperdício de oportunidades por parte da sua equipa. "Cometemos o nosso único erro na segunda parte e custou-nos o empate", explicou. "Atacámos bem, mas não conseguimos finalizar algumas boas jogadas. Tivemos a vitória ao nosso alcance".

Raúl, o Homem do Jogo
O ponto mais positivo para a Espanha foi o regresso à boa forma do capitão Raúl González. Para além de ter oferecido o golo a Morientes, o avançado do Real Madrid CF provou ser uma constante ameaça para a defesa da Grécia - apesar de ter sido marcado por Konstantinos Katsouranis - e foi premiado com o troféu Homem do Jogo da Carlsberg. "Foi um excelente jogo", disse o melhor marcador de sempre da selecção espanhola. "Ainda estou convencido que nos vamos qualificar para os quartos-de-final, apesar do facto de o nosso último jogo contra Portugal ser muito difícil".

Jogo com Portugal
A Espanha precisa de ganhar, pelo menos, um ponto no embate com Portugal, mas o médio David Albelda está ansioso pelo dia do jogo. "Tivemos um momento de desconcentração e contra uma equipa difícil como a Grécia não nos podemos dar ao luxo de cometer esse tipo de erros", disse. "O que quer que aconteça agora, tudo depende do jogo com Portugal, mas no fundo, foi para isso que aqui viemos".