"Hat-trick" de Allofs abate holandeses no EURO 1980
sábado, 4 de outubro de 2003
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RFA 3-2 Holanda
Klaus Allofs marcou os três golos, mas Bernd Schuster encheu o campo.
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Os corações da República Federal da Alemanha (RFA) devem ter ficado a bater bem mais depressa perante a reacção final dos Países Baixos, mas nada tirou brilho ao facto da selecção comandada por Jupp Derwall ter realizado uma das suas melhores exibições em muitos anos.
As duas formações tinham somado vitórias por 1-0 nos respectivos jogos de estreia no torneio, mas a RFA acabou por se elevar à altura da ocasião, em Nápoles. Derwall resolveu apostar na fibra do jovem Bernd Schuster e o jogador mudou por completo a imagem da competição com a sua velocidade e as suas iniciativas agressivas por entre a defesa adversária a partir do seu meio-campo. Schuster participou nos lances dos três golos da selecção germânica, antes da reacção tardia dos holandeses.
Schuster começou por recuar para recolher um mau passe de Bernard Dietz, antes de fugir ao marcador directo e desferir um forte remate que embateu no poste, permitindo ao pouco valorizado Klaus Allofs inaugurar o marcador na recarga. Depois, lançou Hansi Müller na direita para este assistir Allofs no 2-0. Por fim, avançou junto à linha de fundo e passou na perfeição a bola para trás para Allofs completar o seu "hat-trick".
Os holandeses mostraram finalmente um pouco do seu brilho quando Lothar Matthäus, então um jovem de 19 anos que entrara para somar a primeira da sua cifra recorde de internacionalizações, derrubou Bennie Wijnstekers mesmo à entrada da grande área alemã. O decepcionante Johnny Rep converteu a consequente grande penalidade, antes de René van de Kerkhof, num remate de longe, apontar aquele que foi, talvez, o melhor golo do encontro, porém insuficiente para impedir o triunfo da RFA. Por fim, os alemães tinham conseguido confirmar o seu estatuto de favoritos à conquista da prova.
"Tínhamos a vantagem de ter uma excelente mistura de jogadores na equipa", referiu Schuster mais tarde. "Uma conjugação perfeita de jogadores experientes de topo e de jovens como eu e o Lothar Matthäus. Jogámos muito bem em conjunto, conhecíamo-nos muito bem uns aos outros e isso constituiu uma vantagem durante muitos anos. Tínhamos um excelente núcleo na equipa."
Equipas
RFA: Schumacher; Kaltz, Karl-Heinz Förster, Dietz (c); Stieleke, Schuster, Briegel, Müller; Rummenigge, Hrubesch, Allofs
Suplentes: não listados
Treinador: Jupp Derwall
Países Baixos: Schrijvers; Wijnstekers, Krol (c), Van de Korput, Hovenkamp (Nanninga 46), Stevens; Haan, Willy van de Kerkhof, René van de Kerkhof; Rep, Kist (Thijssen 69)
Suplentes: não listados
Treinador: Jan Zwartkruis
Árbitro: Robert Wurtz (França)