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Bejbl castiga ousadia italiana em jogo do Grupo C

República Checa 2-1 Itália
Apesar da boa segunda parte dos "azzurri", a equipa de Dušan Uhrin aguentou a liderança do marcador com a ajuda da expulsão de Luigi Apolloni.

Os checos comemoram em Anfield
Os checos comemoram em Anfield Icon Sport via Getty Images

A esperança da Itália em dar seguimento à boa campanha alcançada no Campeonato do Mundo de 1994, onde chegou até à final, sofreu um rude golpe, quando a República Checa aproveitou a expulsão de Luigi Apolloni na primeira parte.

Pavel Nedvěd deu aos checos um começo de sonho, ajudando a esquecer a derrota por 2-0 frente à Alemanha, cinco dias antes, no entanto Enrico Chiesa restabeleceu a igualdade para os “azzurri”. Mas pouco depois da atitude irreflectida de loucura de Apolloni, Radek Bejbl voltou a colocar a sua equipa em vantagem, que agarrou tenazmente, apesar do massacre ousado dos pupilos de Arrigo Sacchi na segunda parte.

EURO '96: Tudo o que precisa saber

Depois de a Itália ter ganho por 2-1 à Rússia na primeira jornada, Sacchi optou por dar descanso a quatro jogadores, já a pensar nos jogos mais complicados que se avizinhavam. Saíram Alessandro Del Piero, Angelo Di Livio, Gianfranco Zola e Pierluigi Casiraghi, autor dos dois golos frente à Rússia, e entraram Fabrizio Ravanelli, Chiesa, Roberto Donadoni e Dino Baggio.

Os melhores golos do EURO '96

Rapidamente Sacchi teve motivos para duvidar da sua sabedoria, quando o cruzamento largo de Karel Poborský na direita ofereceu a Nedvěd, de 23 anos, o seu primeiro golo ao serviço da selecção. Nessa altura, já Petr Kouba já tinha sido chamado a intervir para negar o golo a Chiesa, e o empate acabou por chegar aos 18 minutos; um contra-ataque italiano clássico, que culminou com Chiesa a finalizar o passe de Diego Fuser com um remate rasteiro.

No entanto, o jogo, tal como o percurso da Itália no torneio, mudou com a atitude insensata de Apolloni. Depois de ter visto um cartão amarelo por falta sobre Pavel Kuka, o defesa do Parma FC carregou o avançado pelas costas, ainda no meio-campo checo, e recebeu o segundo cartão amarelo. O revés rapidamente foi capitalizado por Bejbl, que correspondeu ao cruzamento de Kuka na direita com um remate à meia-volta colocado.

Desta forma, a Itália tinha uma tarefa hercúlea pela frente, e quase a conseguiu cumprir, dominando o segundo período frente a um adversário em superioridade numérica. Chiesa e Casiraghi obrigaram Kouba a boas defesas, e os “azzurri” quase empataram, à beira do fim, quando Casiraghi recebeu no peito o passe de Zola e contornou o seu marcador, rematando depois por cima. Caiu de costas, com as mãos na cara; Zola ajoelhou-se em desespero: estávamos no terceiro minuto de compensação.

EURO '96: Equipa do Torneio


Equipas

A selecção italiana perfilada em Anfield
A selecção italiana perfilada em AnfieldIcon Sport via Getty Images

República Checa: Kouba; Horňák, Kadlec (c), Suchopárek; Nedvĕd, Nĕmec, Bejbl, Látal (Nĕmeček 88); Berger (Šmicer 64), Poborský, Kúka
Suplentes: Drulák, Frýdek, Kubík, Srníček, Kotůlek, Rada, Novotny, Kerbr, Maier
Seleccionador: Dušan Uhrin

Itália: Peruzzi; Maldini (c), Apolloni, Costacurta, Mussi; Albertini, Fuser, Donadoni, Dino Baggio (Carboni 39); Chiesa (Zola 78), Ravanelli (Casiraghi 58)
Suplentes: Nesta, Torricelli, Toldo, Rossitto, Del Piero, Di Livio, Di Matteo, Bucci
Seleccionador: Arrigo Sacchi

Árbitro: Antonio López Nieto (Espanha)

Melhor em Campo: Radek Bejbl (República Checa)