Itália força finalíssima frente à Jugoslávia no EURO 1968
quinta-feira, 2 de outubro de 2003
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Itália 1-1 Jugoslávia (ap)
A Itália forçou o jogo de repetição graças ao livre de Angelo Domenghini.
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A Itália parecia condenada a uma derrota, mas marcou nos últimos minutos e impôs um empate 1-1 à Jugoslávia, obrigando à disputa de uma finalíssima para encontrar o vencedor do Campeonato da Europa de 1968.
Dragan Džajić, que já tinha feito o golo que levou à eliminação da campeã mundial Inglaterra nas meias-finais, inaugurou o marcador e parecia ter voltado a fazer a diferença em Roma. Contudo, a equipa da casa não desistiu e chegou ao empate no segundo tempo com um livre de Angelo Domenghini.
As lesões de Giancarlo Bercellino e Gianni Rivera permitiram as entradas de Aristide Guarneri - que em nada enfraqueceu a defesa - e de Giovanni Lodetti, o municiador de Rivera no AC Milan. A Itália encontrou bastantes dificuldades face às ausências desses dois elementos e viu Lodetti e Antonio Juliano serem assobiados pelos adeptos por guardarem demasiado a bola.
Do outro lado, a mobilidade de Vahidin Musemić e dos dois extremos causaram inúmeros problemas à equipa transalpina, enquanto o jovem Jovan Acimovic substituiu o lesionado Ivica Osim e mostrou ser tão talentoso como a estrela que rendeu. Acimovic exemplificava a excelente postura de uma equipa tão jovem como a jugoslava, recompensada quando Džajić correspondeu a um passe de Dobrivoje Trivic e fez o primeiro golo, não dando hipóteses de reacção a Ernesto Castano e ao guarda-redes Dino Zoff.
Džajić esteve por duas vezes à beira de aumentar a vantagem, isto apesar de a Jugoslávia estar sobretudo determinada em manter a vantagem. A situação começava a ser preocupante para a Itália quando Domenghini viu o esforço ser recompensado. Depois de rematar ao poste na meia-final, voltou a fazê-lo, desta vez de livre directo, mas conseguiu marcar à segunda tentativa, fazendo a bola entrar junto ao poste esquerdo da baliza de Ilija Pantelić.
Sentiu-se um enorme alívio nas bancadas, que continuou durante o prolongamento, até que o árbitro chamou os dois capitães de equipa e marcou a finalíssima para dois dias mais tarde.
Reacções
Dino Zoff, guarda-redes de Itália: "Em Roma tivemos enormes dificuldades frente à Jugoslávia, que tinha uma excelente equipa. Estiveram a vencer por 1-0 e, em seguida, dispusemos de um livre muito perto do final da partida, que permitiu a [Angelo] Domenghini empatar o jogo. Para ser sincero não merecíamos o empate mas acabámos por consegui-lo e a final teve que ser repetida dois dias depois."
Equipas
Itália: Zoff; Facchetti (c), Castano, Guarnieri, Burgnich; Juliano, Ferrini,Lodetti; Prati, Anastasi, Domenghini
Suplentes: nenhum
Treinador: Ferruccio Valcareggi
Jugoslávia: Pantelić; Damjanović, Holcer, Paunović, Fazlagić (c); Aćimović, Pavlović, Trivić; Džajić, Musemić, Petković,
Suplentes: nenhum
Treinador: Rajko Mitić
Árbitro: Gottfried Drienst (Suíça)