URSS em grande estilo bate jovem Itália
domingo, 5 de outubro de 2003
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União Soviética 2-0 Itália
Sergiy Litovchenko e Oleh Protasov foram decisivos, facturando no espaço de cinco minutos na segunda parte.
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![Gennadiy Lytovchenko em acção frente à Itália Gennadiy Lytovchenko em acção frente à Itália](https://editorial.uefa.com/resources/0253-0d7b37f62fdc-aef3db30f838-1000/format/wide1/1730613.jpeg?imwidth=158)
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Dois golos num período de cinco minutos, na segunda parte, apuraram a União Soviética para a sua quarta final em Campeonatos da Europa – a Itália simplesmente não teve como parar a força e a criatividade dos russos.
Ao fim de 60 minutos de um jogo disputado, por vezes tenso, chegaram os momentos decisivos. Primeiro, Oleh Kuznetsov e Oleksiy Mykhailychenko tabelaram para permitir ao activo Serhiy Litovchenko abrir o activo. Depois, ainda os "azurri" digeriam a desvantagem, Oleh Protasov fez o 2-0. Os italianos, pouco experientes, não tiveram resposta.
Os russos tinham começado nervosos e o jogo ainda mal completara o segundo minuto quando Kuznetsov, que tinha estado insuperável no centro da defesa russa ao longo de todo o torneio, viu um cartão amarelo que o deixaria de fora da final. Mas ao intervalo, com as equipas empatadas sem golos, continuava a ser difícil saber quem se apuraria para defrontar os holandeses na final.
Para os transalpinos, até então invictos na prova, era um bom sinal – em todos os três jogos da fase de grupos, tinham chegado ao fim da primeira parte empatados a zero. Mas no regresso foi a URSS a tomar conta do jogo. E, aos 58 minutos, teve a recompensa dos seus esforços, quando Kuznetsov avançou no meio-campo italiano e passou para Mykhailychenko, que quase se atrapalhava, mas assistiu Litovchenko – e este, apesar de ter visto o primeiro remate defendido, insistiu e abriu o activo.
O 2-0 não tardaria: o pequeno Olexandr Zavarov escapou à marcação na ala esquerda e, com a parte de fora do pé direito, deixou a bola redonda em Protasov, que fez jus à condição de goleador. A Itália quis alterar o rumo que o jogo levava – Gianluca Vialli, na altura com com 23 anos, desperdiçaria a sua melhor oportunidade –, mas seria a URSS a garantir a presença na final, onde reencontraria uma selecção holandesa que já tinha vencido por 1-0 no primeiro jogo da fase de grupos.
"Onzes"
URSS: Dasaev (c); Rats, Bessanov (Demyanenko 36), Khidiyatullin, Kuznetsov; Mykhaylychenko, Aleynikov, Gotsmanov, Lytovchenko, Zavarov; Protasov
Suplentes: Sukristovas, Chanov, Baltacha, Pasulko
Seleccionador: Valeriy Lobanovskiy
Itália: Zenga; Maldini (De Agostini 65), Baresi, Ferri, Bergomi (c); Giannini, De Napoli, Ancelotti, Donadoni; Vialli, Mancini (Altobelli 46)
Suplentes: Ferrara, Tacconi, Fusi
Seleccionador: Azeglio Vicini
Árbitro: Alexis Ponnet (Bélgica)