Del Piero envia Suécia para casa
segunda-feira, 6 de outubro de 2003
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Itália 2-1 Suécia
Sem oito titulares, os "azzurri" desfizeram as esperanças suecas no EURO 2000 graças ao golo de Alessandro Del Piero apontado perto do fim.
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Uma valente Suécia deu tudo para manter as suas aspirações no UEFA EURO 2000, mas a Itália foi mais forte mesmo sem oito habituais titulares. Os golos de Luigi Di Biagio e Alessandro Del Piero tornaram inútil o golo do empate de Henrik Larsson, que deu, por pouco tempo, esperança à Suécia.
O treinador italiano Dino Zoff, aproveitando o facto de ser a primeira equipa do UEFA EURO 2000 a qualificar-se para os quartos-de-final, fez descansar os habituais titulares e assim rodar aos habituais suplentes e menos utilizados. A Suécia, que para se qualificar necessitava de ganhar à Itália e que a Turquia batesse a Bélgica, fez alterações na equipa. Com a falta por lesão de Kennet Andersson, Roland Nilsson e Teddy Lucic, eles conseguiram recuperar o líder da defesa Patrik Andersson depois de cumprir castigo, para tentar passar à fase seguinte.
A Itália parecia controlar a Suécia desde o início, mas aos dez minutos teve um brusco acordar à medida que a Suécia entrava no jogo. Johan Mjallby cabeceou com força na sequência de um canto de Fredrik Ljungberg e, com Toldo batido, foi Angelo Di Lívio que de cabeça aliviou em cima da linha. Outra clara oportunidade foi desperdiçada por Ljungberg que irrompeu na defesa contrária, mas o seu remate saiu por cima com Toldo batido.
A defesa italiana tremeu quando Magnus Svensson disparou fortíssimo para Toldo defender, e o guarda-redes transalpino ficou aliviado na sequência do canto, ao ver o cabeceamento de Patrik Andersson passar pouco acima da barra. O perigo para a Suécia era o de se expor ao contra-ataque italiano, como mostrou Montella que passou pela lenta defesa sueca, mas o seu remate pecou por passar por cima da barra.
A Itália não tinha a iniciativa do jogo mas, sem dúvida, que eram os animados suecos que tinham de procurar o resultado. No entanto aos 38 minutos, as esperanças suecas desvaneceram quando os experientes italianos abriram o marcador. Num canto de Del Piero, Larsson foi batido no ar pela entrada de Luigi Di Biagio ao primeiro poste, que com um brilhante cabeceamento abriu o activo.
As já poucas esperanças da Suécia sofreram um forte revés com a saída por lesão de Svensson, um dos motores da equipa. A Itália jogava o jogo que mais gostava de fazer, aguentando a pressão contrária, lançando de seguida venenosos contra-ataques. Mas a Suécia não se rendia. Nesta desarmou Larsson numa zona de perigo e Yksel Osmanovski viu o seu remate ser defendido por Toldo. Aos 70 minutos, os suecos tiveram a sua maior chance para empatar. Larsson viu Andersson no segundo poste, mas Toldo foi mais rápido que ele e impediu o remate com êxito.
A persistência sueca foi compensada aos 76 minutos quando Andersson coloca a bola de forma excelente em Larsson e o avançado do Celtic FC, um lutador incansável, contornou o guardião italiano para fazer o merecido empate e levar o jogo a um excitante final. Kennet Andersson disparou por cima da barra levantando o ânimo aos seus adeptos, mas o tempo escasseava para eles e aos 87 minutos a Itália acabou com as suas ilusões de uma maneira clássica.
Os suecos, já cansados e balanceados no ataque, foram apanhados em contra pé, e Del Piero passou por dois defesas para marcar um golo de excelente execução, colocando a bola ao ângulo da baliza sueca. A aposta sueca fora brava e corajosa, nomeadamente através do incansável Henrik Larsson. A Itália teve poucas oportunidades e Del Piero esteve longe do jogo, mas marcou quando lhe foi pedido, dando assim à Itália um pleno de nove pontos em três jogos e uma grande confiança para os quartos-de-final.
Equipas
Itália: Toldo; Ferrara, Negro, Iuliano (Cannavaro 46), Pessotto, Maldini (c) (Nesta 42); Di Livio (Fiore 64), Di Biagio, Ambrosini; Del Piero, Montella
Suplentes: Abbiati, Antonioli, Zambrotta, Albertini, Conte, Totti, Inzaghi, Delvecchio
Seleccionador: Dino Zoff
Suécia: Hedman; Mellberg, P. Andersson (c), Björklund, Gustafsson (K. Andersson 75); Mjällby (D. Andersson 56), Svensson (Alexandersson 52), Mild, Ljungberg; Osmanovski, Larsson
Suplentes: Sundgren, Lučić, A. Andersson, Pettersson, Kihlstedt, Asper, Allbäck, Nilsson
Seleccionador: Tommy Söderberg
Árbitro: Vítor Pereira (Portugal)
Melhor em Campo: Henrik Larsson (Suécia)