Empate no Grupo C afasta Eslovénia e Noruega do EURO 2000
segunda-feira, 6 de outubro de 2003
Sumário do artigo
Eslovénia 0-0 Noruega
As duas selecções não foram além de um empate sem golos, em Arnhem, e saíram do UEFA EURO 2000.
Conteúdo media do artigo
Corpo do artigo
No jogo do tudo ou nada, a aposta da brava e romântica equipa da Eslovénia, numa qualificação para os quartos-de-final, falhou ao não conseguir mais do que um empate sem golos contra a Noruega, em Arnhem. Os nórdicos também voltaram para casa, depois de um jogo muito intenso e enérgico, mas curto em ideias, no qual o empate também não era o que lhes interessava, dado que a Espanha venceu a Jugoslávia por um emocionante 4-3.
Foi um jogo intenso, repleto de acção, no Gelredome em Arnhem, com a Noruega e a Eslovénia a darem tudo desde o apito inicial, num aberto Grupo C. Cada equipa do grupo começava o seu jogo com hipóteses de se qualificar para os quartos-de-final, e a Noruega rapidamente tomou a iniciativa por Steffen Iversen, que apesar de ter jogado com o nariz partido, lançou John Carew que estava de frente para a baliza, mas um corte no ultimo instante impediu a Noruega de criar perigo.
A Noruega apostou num ritmo forte e assistiram-se a algumas cenas de pânico no último reduto esloveno. Erik Mykland era o espelho da vontade e empenho noruegueses, mas numa dura entrada viu o amarelo, o segundo na fase final, que o afastava imediatamente dos quartos-de-final caso a Noruega lá chegasse.
A Eslovénia começou a sacudir a pressão contrária a meio da primeira parte. Miran Pavlin esteve perto com um cabeceamento e, ao minuto 28, Ermin Šiljak falhou a melhor ocasião de golo até ali. Um alívio após um canto foi parar-lhe aos pés, mas o seu disparo rasteiro falhou o alvo. Pavlin falhou um remate pleno de oportunidade e a Eslovénia começou a abrir mais o seu jogo através de um mais efectivo apoio aos seus dois homens mais avançados. A Noruega não baixou os braços e estive perto de marcar, quando Mykland inteligentemente colocou um pontapé livre no pé de Iversen, mas o remate passou a rasar o poste. Foi o melhor momento da primeira parte, que acabou com um amarelo a Pavlin, o segundo no torneio.
A Noruega, com quatro avançados na frente, contando ainda com um grande apoio dos seus adeptos, voltou a pressionar mais na segunda parte. Ole Gunnar Solskjær chutou por cima e mais tarde viu o cartão amarelo por uma entrada a destempo, mas nenhuma equipa parecia realmente ameaçadora. Šiljak chegou a introduzir a bola na baliza norueguesa, mas o apito já soara por uma falta anterior.
Morten Bakke, que substituíra Carew, desperdiçou uma ocasião com um remate torto que saiu por cima da barra. A seguir foi Zlatko Zahovič a penetrar na defesa contrária com Šiljak, mas saiu fraca a finalização. A equipa do país mais pequeno presente no campeonato tentava tudo para ser posta no mapa do futebol, mas o estilo de jogo algo inflexível da Noruega foi difícil de dobrar.
O problema da Eslovénia foi que sabia que tinha de ganhar para seguir em frente, enquanto a Noruega podia fazê-lo com um empate, dependendo aí do resultado do jogo entre a Espanha e a Jugoslávia. A Noruega chegou a pensar que se tinha qualificado. Mas a notícia da vitória da Espanha no último minuto chegou e, assim, a Noruega voltou mais cedo para casa.
Equipas
Eslovénia: Dabanovič; Milinovič, Galič (Ačimovič 83), Knavs 68; Novak, Čeh (c), Pavlin, Karić, Zahovič; Rudonja, Šiljak (Osterc 86)
Suplentes: Simeunovič, Nemec, Bulajič, Udovic, Gajser, Istenič, Žlogar, Pavlovič
Treinador: Srečko Katanec
Noruega: Myhre; Bergdølmo, Eggen, Bragstad, Bjørnebye; Iversen, Mykland, Solbakken (c), Solskjær; Carew (Bakke 61, Strand 82), T.A. Flow
Suplentes: Olsen, Andersen, Rekdal, Skammelsrud, Heggem, Riise, Riseth
Treinador: Nils Johan Semb
Árbitro: Graham Poll (Inglaterra)
Melhor em Campo: Erik Mykland (Noruega)