Checos ganham bronze nos penáltis

A Checoslováquia conquistou o terceiro lugar após um extraordinário desempate por grandes penalidades frente a Itália.

Os detentores do troféu foram obrigados a defender durante a maior parte do jogo, com a classe dos italianos na circulação da bola a permitir-lhes dominar os acontecimentos. No entanto, o guarda-redes Jaroslav Netolička mostrou-se numa forma assombrosa.

Antonín Panenka, herói do triunfo de 1976, cobrou um pontapé de canto na direcção de Ladislav Jurkemik – impressionante a defender e a atacar –, que rematou forte para o fundo das redes de Dino Zoff. A carreira do imponente guardião italiano ficou algo marcada por alguns golos através de remates de longa distância em jogos importantes, mas esteve em grande nível na grande área. Mesmo aos 38 anos continuava com reflexos suficientemente apurados para efectuar defesas como aquela quando Zdeněk Nehoda lhe surgiu isolado.

Francesco Graziani terminou com o seu (e dos seus colegas de ataque) jejum na fase final ao desviar de cabeça um livre de Franco Causio. O encontro foi então para os penalties e foi somente após a execução certeira de oito pontapés por cada selecção que Netolička susteve um, detendo a tentativa de Fulvio Collovati.

Apesar do resultado, os italianos foram aplaudidos pelos seus adeptos no final da partida, uma atitude que seria recompensada dois anos depois, quando se tornariam campeões do Mundo.

Equipas

O treinador de Itália, Enzo Bearzot, antes do jogo com a ChecoslováquiaPopperfoto via Getty Images

Checoslováquia: Netolička; Barmoš, Ondruš (c),Vojáček, Gögh; Kozák, Jurkemík, Panenka; Masný, Nehoda, Vízek (Gadjušek 64)
Suplentes: não listados
Treinador: Jozef Vengloš

Itália: Zoff (c); Scirea, Cabrini, Collovati, Gentile; Tardelli, Bettega (Benetti 83), Baresi, Causio; Graziani, Altobelli
Suplentes: não listados
Treinador: Enzo Bearzot

Árbitro: Erich Linemayr (Áustria)