Emoção para a Alemanha, tristeza na Itália
sábado, 2 de julho de 2016
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Manuel Neuer falou na emoção vivida, enquanto Joachim Löw explicou a sua táctica e Antonio Conte lamentou como "o futebol pode dar muita alegria mas também tristeza".
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Joachim Löw, seleccionador da Alemanha
Foi um jogo emocionante, mesmo até ao último remate. Vivi algo semelhante em 2006 no Campeonato do Mundo, frente à Argentina. Foi um jogo muito elevado do ponto de vista táctico por parte de ambas as equipas. Mas nós levámos a melhor. A Itália é forte em todos os sectores e nós conseguimos fazer-lhe frente. Sofrer um golo de penalty foi falta de sorte. Não via a Itália a marcar num lance de bola corrida neste jogo.
Falámos sobre a defesa a três. Foi necessário mudar a equipa um pouco. A Itália é um pouco diferente da Eslováquia. Joga com dois avançados-centro e dois alas, que fazem todo o corredor. É muito difícil jogar contra eles em 4 contra 4. Jogam das alas para o meio, tentam iludir-nos para depois fazerem arrancadas vindos de trás. É previsível, mas eles fazem-no bem. Logo após o Itália - Espanha, o meu primeiro pensamento foi jogar assim.
A França é amplamente favorita [contra a Islândia], joga em casa, tem muita classe individual. A Islândia tem vindo a surpreender, é muito organizada na defesa, pelo que não será fácil para a França, mas penso que a anfitriã seguirá em frente se fizer o que sabe.
Manuel Neuer, guarda-redes da Alemanha e Melhor em Campo
Nunca vivi um desempate por grandes penalidades como este. Penso que a maior parte dos italianos atirou para o meio da baliza. O golo que sofremos no tempo regulamentar foi algo infeliz, mas acredito que fomos a melhor equipa e que merecemos o apuramento.
Foi algo especial ter de enfrentar tantos penalties, tanta emoção. Não conseguimos derrotar a Itália em 90 minutos. Não conseguimos derrotar a Itália em 120 minutos. Este desempate encaixa na perfeição neste duelo entre Itália e Alemanha. Não foi assim tão fácil. Foi uma guerra de nervos. Preparei-me, mas nenhum dos cobradores de penalties fez aquilo que habitualmente faz.
Antonio Conte, seleccionador da Itália
O facto de o campeão do Mundo ter mudado a sua maneira de jogar para nos defrontar mostra bem o respeito que teve. Foi um jogo difícil, em todos os aspectos. Lamento termos saído desta maneira, na lotaria dos penalties – e estivemos na frente até ao quarto penalty – mas a Alemanha é uma equipa extremamente forte, a mais forte do Mundo.
Acreditámos que podíamos ter seguido em frente, pelo que a desilusão no balneário é imensa. Acreditávamos neste sonho e tentámos de todas as maneiras. Sabemos que o futebol pode dar alegrias, mas também dá tristezas.
Estes jogadores podem ir para casa, serenos, depois de tudo aquilo que fizeram. Vão continuar no meu coração; estes dois anos foram fantásticos e nunca vou parar de pensar nestes 23 jogadores, na equipa técnica e de apoio, e toda a gente que me rodeou.