Aposta táctica arriscada de Löw dá bons resultados
domingo, 3 de julho de 2016
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A Alemanha teve de recorrer às grandes penalidades para alcançar o primeiro triunfo em jogos oficiais sobre a Itália, mas o repórter Steffen Potter considera que a vitória resultou da alteração táctica de Joachim Löw.
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Terminou a maldição da Itália e a Alemanha conseguiu-o à sua maneira, nas grandes penalidades. Os germânicos podiam ter decidido o encontro no tempo regulamentar, depois de Joachim Löw ter tido a audácia de alterar a táctica da equipa.
A “mannschaft” venceu o Campeonato do Mundo de 2014 a jogar em 4-2-3-1, tendo utilizado esses sistema para vencer o grupo e dominar a Eslováquia nos oitavos-de-final. No entanto, Löw decidiu que era necessário mudar frente a uma Itália que tinha vencido todos os jogos e afastado de forma sensacional a Espanha na ronda anterior. A aposta recaiu num 3-5-2, que mudava para um 3-6-1 de forma a anular os pontos fortes da ”azzurra”.
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"Percebi logo após o jogo da Itália com Espanha que teríamos de jogar assim", explicou Löw. A Alemanha conseguiu assumir a superioridade no meio-campo, onde Thomas Müller, Mesut Özil, Sami Khedira e Toni Kroos estavam em superioridade numérica face aos combativos Emanuele Giaccherini, Marco Parolo e Stefano Sturaro.
"O jogo da Itália é muito previsível. Jogam com dois avançados e dois extremos, que jogam muito subidos. É muito perigoso defronta-los quatro contra quatro. Eles jogam dos flancos para o centro, tentam fazer passes longos para as desmarcações. Fazem isso muito bem, mas conseguimos travá-los".
A Alemanha experimentou por várias vezes nos últimos dois anos uma defesa com três centrais, a última das quais em Março, no triunfo por 4-1 frente a uma selecção italiana que jogou muito desfalcada.
"Percebemos depois do Campeonato do Mundo que tínhamos de aumentar as nossas opções ou poderíamos facilmente ficar pelo caminho", explicou Löw. Quando ontem foram anunciadas as equipas, senti que se poderia repetir o que aconteceu em Varsóvia em 2012, quando Löw decidiu alterar a sua táctica vitoriosa para contrariar os pontos fortes de Itália. Na semana passada, o treinador reconheceu que tinha sido um erro.
Desta vez o plano funcionou e teria resultado num triunfo nos 90 minutos, se não fosse um grande penalidade evitável ou os incríveis reflexos de Buffon. O triunfo das grandes penalidades acabou por ser uma doce recompensa.