Fernando Santos: "Não foi um resultado justo"
terça-feira, 14 de junho de 2016
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Fernando Santos, seleccionador de Portugal, lamentou "ter sofrido um golo que não devia ter sofrido", mas salientou que "não foi um resultado justo", enquanto Nani já pensa nos próximos jogos.
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Fernando Santos, seleccionador de Portugal
Sabíamos que era um jogo complicado, mas também sabíamos que era um jogo em que éramos melhores e queríamos vencer. Não começámos tão bem como pretendíamos, perdemos tempo a entrar no jogo, mas a partir daí pegámos no jogo, tivemos bola e não os deixámos utilizar aquele futebol característico deles. Criámos situações, fizemos um golo e podíamos ter feito mais. O jogo estava controlado e, ao intervalo, disse aos jogadores que tínhamos de estar atentos, porque o tipo de futebol desta equipa pode sempre criar alguns problemas.
Tínhamos estudado bem o adversário, mas acabámos por sofrer um golo num lance que conhecíamos bem e não devíamos ter sofrido. A partir daí voltámos ao jogo, fomos à procura da vitória, voltámos a criar oportunidades, mas acusámos um pouco de ansiedade a mais, o que é normal num primeiro jogo.
Não foi um resultado justo, mas o futebol é assim, os erros são humanos. Não vamos tirar ilações individuais. O adversário teve mérito pela forma como defendeu, usou aquilo que sabe usar, no seu estilo pragmático. Acho que Portugal fez uma exibição razoável, com alguns períodos bons, só com a pecha de ter sofrido um golo que não devia ter sofrido e das oportunidades que não concretizou.
Nani, autor do golo de Portugal e Melhor em Campo
Estivemos sempre por cima e fomos superiores mas a Islândia é muito forte nas bolas pelo ar. Controlámos o jogo, trocámos bem a bola mas eles têm uma equipa fisicamente forte e agressiva defensivamente na disputa das bolas. Tivemos muitas oportunidades e esperemos que isso seja um começo para que, nos próximos jogos, consigamos alcançar as nossas vitórias.
A segunda parte foi um pouco mais complicada, mas tivemos uma boa prestação, dominámos o jogo. Agora é descansar e preparar os próximos jogos, porque o que importa não é como começa, mas sim como acaba, e ainda temos muitos jogos pela frente.
André Gomes, médio de Portugal
Não estávamos de todo à espera do empate. Sabíamos que eles são perigosos no futebol directo, tentámos reagir mas, infelizmente, não conseguimos a vitória. Tentámos circular a bola rápido para contrariar o bloco recuado da Islândia, tivemos boas oportunidades de golo e acabámos por sofrer num lance de futebol directo. Mas temos mais dois jogos pela frente, dois jogos para ganhar, fazer seis pontos e com este sete. Foi apenas um percalço.
Heimir Hallgrímsson, co-seleccionador da Islândia
Estamos satisfeitos. Sabíamos que Portugal é forte. Eles tiveram muito mais tempo de posse de bola e foi bastante difícil para nós. São uma das melhores equipas do torneio e, provavelmente, vão chegar longe na prova, mas nós estivemos fantásticos a defender. Estivemos muito organizados e trabalhámos muito. Excepção feita a um ou dois lances, estivemos sempre concentrados. Não é fácil destacar nenhum jogador, foi um esforço colectivo e agora podemos seguir mais tranquilos para o próximo jogo.
Tínhamos de apostar nas bolas longas, pois sabíamos que iríamos ganhar muitas vezes a primeira bola. Ao intervalo disse que nos tinha faltado ganhar, depois, a segunda bola e que a estávamos a perder demasiado depressa. No segundo tempo fomos mais inteligentes. Este é mais um marco para nós.
Gylfi Sigurdsson, médio da Islândia
É um ponto muito importante. Foi um jogo extremamente difícil, no qual estivemos praticamente 88 minutos a defender. Quase perdi a voz, de tanto que tivemos de gritar entre nós e correr atrás da bola. Mas mostrámos, uma vez mais, que somos mais do que uma equipa que simplesmente defende bem. É preciso ter carácter para reagir e recuperar depois de se estar a perder 1-0 contra uma equipa como Portugal.
Agora temos mais dois jogos pela frente e ganhar um deles chegará, provavelmente, para seguirmos para a próxima fase. Os nossos adeptos foram maravilhosos. Não pararam de cantar desde o primeiro minuto. Todos nós, jogadores, ficámos arrepiados quando subimos ao relvado. Um apoio fantástico e um grande ponto conquistado: têm boas razões para festejar esta noite.
Aron Gunnarsson, médio da Islândia
É inacreditável. Tínhamos um plano de jogo e respeitámo-lo. Conseguimos somar um ponto frente a uma selecção de Portugal muito forte, que tentou tudo para marcar outro golo. Sentimos que eles relaxaram um pouco depois de marcarem e nós soubemos tirar partido disso.