França 2-0 Albânia: Cinco coisas que aprendemos
quinta-feira, 16 de junho de 2016
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Devem os minutos finais de um jogo passar a chamar-se "tempo Deschamps"? O nosso repórter junto da equipa de França, David Crossan, detalha os pontos chave da vitória de quarta-feira.
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Acreditar gera manifestações tardias
Com o que tem acontecido, os minutos finais deveriam passar a chamar-se “tempo-Deschamps”. Tal como contra a Roménia, os franceses mostraram força de carácter para chegar à vitória, exibindo uma calma notável nos momentos em que a tensão e a pressão da situação poderiam levar a melhor sobre eles. É um dom ter esta capaciadde mental e ela vai servir a França durante toda a competição.
Sistemas e substituições
A França pareceu infinitamente mais confortável depois do intervalo, com a passagem do 4-2-3-1 para o 4-3-3. Na passada sexta-feira, contra a Roménia, foi a alteração inversa no último quarto de hora e a chegada de pernas frescas que empurraram a França para os três pontos. O 4-3-3 é o sistema táctico mais utilizado por Deschamps desde que iniciou funções, em 2012, e a evidência de Marselha sugere que é também o único em que os jogadores se sentem confortáveis.
Amor difícil
Deschamps admitiu após o jogo que nem Paul Pogba nem Antoine Griezmann ficaram contentes por terem sido suplentes. Essa saída da equipa acabaria sempre por ser temporária, ainda mais depois do seu contributo contra a Albânia. O golo de cabeça de Griezmann foi o primeiro remate da França na direcção da baliza. As estatísticas sugerem que ele é um “super suplente” ao ter marcado seis vezes pela selecção após ter saído do banco em dez ocasiões. O avançado do Atlético marcou apenas por duas vezes nos 19 jogos em que foi titular e precisa de começar a marcar quando joga a titular.
As leis de Rami
Rami é uma das improváveis história de sucesso da competição. Não jogando pela França desde 2013, o vencedor da Europa League tornou público o seu desapontamento ao não fazer parte das escolhas iniciais para o UEFA EURO 2016, acabando por surgir a sua oportunidade quando Deschamps o chamou para render o lesionado Raphaël Varane. E Rami não só tem feito parte da defesa que não sofreu golos nos dois jogos já disputados neste EURO, como ainda fez uma assistência improvável para o golo de Griezmann.
O Stade Vélodrome nunca esquece
Após passagens pelo Marselha com troféus ganhos como jogador e como treinador do clube, Deschamps iria sempre ter uma recepção especial e isso ficou provado. Dimitri Payet e André-Pierre Gignac, outros antigos ídolos do Vélodrome, receberam o mesmo aplauso e foi um apropriado segundo golo de Payet em outros tantos jogos no UEFA EURO 2016 a concluir a noite. A França ganhou em Marselha nas suas caminhadas para a vitória no UEFA EURO 1984 e no Campeonato do Mundo 1988, ambas organizações suas. E. caso as vitórias continuem, vai voltar à cidade mediterrânica a 7 de Julho, para as meias-finais.
Siga David Crossan: @UEFAcomDavidC