Cinco lições do Inglaterra - País de Gales
quinta-feira, 16 de junho de 2016
Sumário do artigo
O repórter Simon Hart analisa a emocionante vitória da Inglaterra sobre o Paísde Gales, com destaque para o papel dos suplentes neste torneio e a "época mágica" de Jamie Vardy.
Conteúdo media do artigo
Corpo do artigo
É um jogo de equipa
Se há uma tendência visível neste EURO é a importância das substituições. E isso, mais do que nunca, ficou patente no Stade Bollaert-Delelis, onde a Inglaterra conseguiu a primeira reviravolta numa grande competição desde o UEFA EURO 2004, graças a dois golos de jogadores vindos do banco de suplentes. Jamie Vardy e Daniel Sturridge tornaram-se o sétimo e oitavo suplentes a facturar nesta fase final, dando razão à opinião de Roy Hodgson, segundo a qual "as substituições vão desempenhar um papel crucial neste torneio".
A coragem de Hodgson
Depois de uma primeira parte em que a Inglaterra teve dificuldades para furar o disciplinado bloco defensivo galês, saindo para o intervalo ao som dos assobios dos seus adeptos, Hodgson decidiu arriscar com as entradas de Vardy e Sturridge. "Penso que o faríamos, mesmo que não tivéssemos sofrido um golo", disse o seleccionador, que quis "tornar mais incisivos os movimentos atacantes". Vardy e Sturridge ajudaram, apesar de a Inglaterra, mesmo pressionando, ter feito apenas quatro remates à baliza na segunda parte.
- Crónica e análise no Stade Bollaert-Delelis
- "Emocionante" para a Inglaterra, "decepcionante" para Gales
Sturridge faz jus à aposta
"É bom ter jogadores que podem fazer algo diferente dentro da área e nas suas imediações", acrescentou Hodgson. No final de uma época mágica, Vardy era o nome que os adeptos ingleses cantavam em Lens, mas Sturridge trouxe o factor-surpresa que o poderá levar a ultrapassar Harry Kane (e o decepcionante Raheem Sterling) na luta pela titularidade.
Sorte e azar
É um lugar comum no futebol, mas neste caso aplica-se. Depois de ter sofrido um golo aos 92 minutos, frente à Rússia, agora foi a vez de a Inglaterra marcar nos descontos. Daí as celebrações efusivas de Hodgson e restante equipa técnica com o golo que levou os ingleses até ao topo do Grupo B. "É duro para Gales, mas ficámos muito satisfeitos. Não é normal que as coisas se compensem tão rápido", disse o técnico.
Crédito a Gales
Hodgson mostrou respeito pelos magníficos adeptos de Gales ao aplaudir os dois topos das bancadas do Stade Bollaert-Delelis, mas os defesas da equipa de Chris Coleman também merecem grandes elogios. Gales conseguiu fechar os espaços à Inglaterra nas alas, forçando o adversário a ir para o congestionado centro do terreno.