Nulo não tira optimismo a Portugal
sábado, 18 de junho de 2016
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Fernando Santos encontrou alguns aspectos positivos no empate de Portugal para aproveitar na "final" com a Hungria, enquanto Marcel Koller aplaudiu a "grande exibição" da Áustria.
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Fernando Santos, seleccionador de Portugal
Estamos num momento difícil, mas não adianta especular. Temos uma final para jogar a 22 de Junho. Vamos concentrar-nos nisso e destacar os aspectos positivos. Não podemos pensar nas oportunidades perdidas, justas ou injustas, o futebol é assim. O próximo jogo é uma final para nós.
É complicado. Olhando para o jogo de hoje, nos primeiros dez minutos as equipas entraram a estudar-se mutuamente. Pensei que a Áustria ia assumir mais a tentativa de controlar o jogo e jogar mais em ataque, mas não fez isso, apesar de ser muito rápida e sair bem em contra-ataque.
Portugal assumiu o jogo, criou situações de golo, a Áustria procurou sem contra-atacar e isso também tornou o jogo diferente do encontro com a Islândia [que terminou 1-1]. No início da segunda parte disse aos jogadores que estavam bem, era só era preciso corrigir algumas coisas e se possível aumentar o ritmo. A Áustria equilibrou mais o jogo.
No entanto, voltámos a criar mais situações, enviámos uma bola ao poste, já tínhamos enviado uma na primeira parte, tivemos várias oportunidades, mas não concretizámos. Não há estatísticas que valham ou nada. O que interessa é o resultado, a única diferença é que com a Islândia fizemos um golo e sofremos outro, desta vez não sofremos, mas também não marcámos.
Eles tiveram algumas oportunidades, fomos sólidos. Não fiquei surpreendidos por serem tão bem organizados, mas pensei que eles teriam mais de posse de bola. Não os deixámos atacar e não podemos esquecer que ele têm excelentes jogadores.
Estamos a um jogo de começar a carburar. Foi mais um jogo positivo, mas temos de ganhar o próximo desafio e a equipa irá crescer.
A Hungria vai estar motivada e está em boa posição para se qualificar. É o que vamos encontrar.
Marcel Koller, seleccionador da Áustria
Não podemos continuar a sonhar com a nossa campanha de qualificação. Isso já aconteceu há muito tempo e temos de nos concentrar no que está perante nós. Não há adversários fracos em fases finais e temos de reagir em conformidade.
Com este ponto continuamos vivos. Agora o espírito tem de ser diferente, precisamos de autoconfiança para podermos jogar bem. O Stefan Ilsanker, o Julian Baumagartlinger, o Marko Arnautović e o Marcel Sabitzer, por exemplo, estiveram muito empenhados no trabalho defensivo. Lutaram muito, mas tivemos um pouco de sorte na grande penalidade.
João Moutinho, médio de Portugal e Melhor em Campo
Estivemos por cima, fomos a melhor equipa, mas não conseguimos traduzir essa superioridade em golos. Queríamos vencer, a nossa qualidade individual foi boa, mas tenho certeza que todos os meus colegas trocariam isso por uma vitória.
Nos dois jogos criámos oportunidades mais do que suficientes, mas não fomos capazes de marcar mais golos. Continuamos a acreditar no nosso potencial. Temos de aproveitar as oportunidades e quando o fizermos vamos ganhar por mais do que um golo de diferença.
Todos os nossos jogadores estão habituados a este tipo de situações [o jogo Hungria]. É o tipo de desafios que gostamos. Temos de dar tudo. Vamos dar o nosso melhor para ganhar e, se continuarmos a trabalhar como temos feito, tenho a certeza que vamos passar aos oitavos-de-final.
Robert Almer, guarda-redes da Áustria
Estamos todos muito satisfeitos porque queríamos somar um ponto hoje. Foi um jogo muito difícil. Estou feliz por ter podido ajudar, especialmente nestas circunstâncias, mas é importante para todos termos conseguido pontuar. Agora temos de aproveitar este ponto e vencer a Islândia.