Fernando Santos admite jogo de "tudo ou nada"

A selecção portuguesa cumpriu este domingo uma sessão ligeira em Marcoussis, depois do jogo da noite passada, frente à Áustria (empate 0-0 no Parc des Princes). O seleccionador Fernando Santos marcou presença numa conferência de imprensa depois de almoço e antes esteve à conversa com o UEFA.com. O técnico lamentou a ineficácia frente à Áustria e assegurou que o embate ante a Hungria "é para ganhar ou para ganhar".

Sobre o embate ante os austríacos, que terminou com uma igualdade a zero no Parc des Princes, Fernando Santos adiantou: "Portugal conseguiu que uma equipa que é 10ª classificada no 'ranking' praticamente não tivesse existido. Obviamente que fez o seu trabalho - os jogadores lutaram muito - mas no final fica a sensação que jogámos contra um adversário mais fraco, o que não é verdade. É uma equipa bastante forte, basta lembrar que Fuchs foi campeão em Inglaterra, há o Alaba, o Arnautovic e todos os jogadores são de grande qualidade. Não concretizámos, a questão passa por aí. Não se pode somente falar em sorte ou azar. Umas vezes falta eficácia outras há um bocadinho de 'galo'".

Depois de dois empates no Grupo F, o treinador da formação lusa garante que a sua equipa vai encontrar dificuldades diante da Hungria, mas acredita que a vitória não escapará a Portugal: "Temos de estar preparados para as dificuldades que aí vêm, porque em relação àquilo que era o panorama geral as coisas alteraram-se significativamente, porque a Hungria neste momento está praticamente apurada - além disso tem outra vantagem, já que um ponto seguramente é suficiente. A forma como a Hungria vai encarar o jogo pode estar relacionada com isso".

Ainda no que toca ao desafio em Lyon, Fernando Santos sublinhou: "Para mim é claramente evidente que só nos interessa o primeiro lugar. A vitória com a Hungria pode permitir sermos primeiros classificados. Depende do jogo entre Hungria e Islândia, mas este é um jogo de tudo ou nada. É para ganhar e para ganhar, não há duas interpretações".

Figura incontornável na selecção das "quinas", Cristiano Ronaldo bateu ontem um recorde de internacionalizações por Portugal, mas ainda não quebrou outro: tornar-se no primeiro jogador a marcar em quatro fases finais de Campeonatos da Europa da UEFA: "Vai conseguir no próximo jogo, estou absolutamente convencido disso. Sei da vontade dele e da sua determinação para que isso aconteça", apontou.

"É bom que isso não lhe traga ansiedade e não tolde um pouco as suas ideias - querendo fazer tudo de uma forma que não ajuda muito, mas é um jogador muito experiente e já aconteceu noutros momentos da sua carreira estar um ou dois jogos sem marcar, e depois facturar vários".

Os jogadores cumpriram esta manhã uma sessão ligeira de trabalho em Marcoussis, especialmente vocacionada para os não-titulares no embate com os austríacos, tendo os elementos da comitiva portuguesa recebido a visita de familiares de tarde.