Os heróis eternos islandeses

A Islândia conseguiu. Consegui mesmo.

Este é daqueles resultados que produz um efeito sísmico no mundo do futebol. É óbvio que os jogadores demonstraram toda a sua competência, mas estamos a falar de uma selecção cujo país possui apenas 330 mil habitantes e que conseguiu derrotar um "gigante" como a Inglaterra com uma população de 53 milhões.

Os adeptos encheram a capital do país, Reiquejavique, para assistirem a um dos jogos mais importantes da história da Islândia. Podemos imaginar a atmosfera no seio da cidade assim que a partida terminou. O ambiente de euforia era o mesmo que se verificava no Stade de Nice.

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As companhias aéreas já estão a organizar voos extras para Paris face ao jogo dos quartos-de-final, frente à França, no próximo domingo. Prevê-se mesmo uma invasão islandesa à capital francesa. As pessoas farão tudo o que estiver ao alcance para estarem no domingo o mais perto possível dos seus heróis.

À parte do resultado, a Islândia realizou uma exibição bem acima do habitual. A equipa defendeu bem como é costume, mas em termos ofensivos jogou muito melhor que o habitual. "Tentámos ser mais frios quando tínhamos a bola em nosso poder. Conseguimos dar passos importantes, mas temos de melhorar ainda mais," afirmou o co-seleccionador Lars Lagerbäck.

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E este é possivelmente o aspecto mais positivo de todos - a Islândia derrotou a Inglaterra e ainda sente que há margem para melhorar. "Continuo a afirmar que vocês ainda não viram o melhor da nossa selecção. Estes jogadores são incríveis. Têm demonstrado um grande carácter jogo após jogo e estão cada vez melhores," salientou o outro co-seleccionador, Heimir Hallgrímsson. Um sério aviso, pois, para a anfitriã França.

"Depois da vitória frente à Inglaterra, nenhum obstáculo é muito grande para os nossos jogadores. Eles estão no coração de toda a nação. Por agora e para sempre", acrescentou Hallgrímsson.