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Payet desforra-se de ano fora de França

"Foi por isso que me emocionei esta noite", disse ao EURO2016.com Dimitri Payet que se desforrou depois de um ano de exílio da selecção gaulesa.

Payet elogia espírito de luta francês

De fora das opções da França ao desejo de Didier Deschamps de querer envolver em algodão o autor do tento da vitória, foi um dia emocionante para Dimitri Payet, o homem do momento dos “bleus”.

Este sentimento emergiu após a estrela do West Ham marcar perto do fim um fabuloso golo da vitória à Roménia que deu aos locais um triunfo a abrir o UEFA EURO 2016 no Stade de France. Foram lágrimas de alegria, mas também de reconhecimento por um período cumprido pelo jogador que ressurgiu após ter voltado em Março de 2016 a ser chamado à selecção.

Payet pagou o preço de uma exibição decepcionante na derrota por 1-0 com a Albânia, em Junho de 2015, tendo ficado fora das opções de França até conseguir a sua 16ª internacionalização contra a Holanda, em Amesterdão, há três meses. O jogador de 29 anos não se mostrou afectado e marcou por três vezes nas últimas quatro partidas da selecção. Mas quando encontrou o pilar da baliza romena, recordou um tempo em que pareceu improvável alinhar no EURO 2016 e muito menos ser o brinde da nação adorada.

“Foi por isso que me emocionei esta noite”, disse Payet ao EURO2016.com. “De certa maneira, estava muito longe de poder estar aqui. Trabalhei duro e mostrei muita determinação no meu novo clube esta temporada, apesar de ter sofrido uma lesão muito grave. Estou muito feliz por estar aqui esta noite. E eu estou a desfrutar ao máximo.

A forma excepcional na Premier League convenceu Deschamps que Payet de que merecia mais uma oportunidade e que o atacante vai demorar algum tempo a sair da equipa. Tal como disse Deschamps: “O futebol é simples quando se consegue rematar ao canto superior da baliza – isso resolve muitos problemas. Foi emocionante a forma como o Dimitri percorreu um longo caminho e deu tudo para estar aqui hoje. Vou envolvê-lo em algodão até ao próximo jogo para que nada de mal lhe possa acontecer”.

O próximo jogo será na quarta-feira em Marselha, onde Payet evolui muito sob a orientação de Marcelo Bielsa, em 2014/15 antes de rumar a Upton Park. O adversário será a Albânia, que está pronta para ver um Payet muito diferente daquele que alinhou há um ano em Elbassan.

Para além do golo marcado, Payet foi o jogador mais criativo de França contra os romenos, fazendo a assistência para o tento inaugural de Olivier Giroud e criando, no total, oito ocasiões. Tornou-se no primeiro jogador francês a marcar um golo e a assistir para outro num jogo do EURO desde Thierry Henry, há 16 anos, frente à República Checa, numa competição que a França viria a vencer. Sentado atrás de nós no Stade de France, Henry esqueceu momentaneamente que estava ali para comentar para a BBC e festejou o grande remate de Payet. O admirável antigo atacante do Arsenal afirmou: “ Mesmo que a Roménia tivesse três guarda-redes não seriam suficientes para parar aquele remate!”.

Isso significou que a França ficou com os três pontos apesar de estrelas como Paul Pogba e Antoine Griezmann terem feito uma exibição apagada. Os adeptos do West Ham gostam de cantar que Payet “é melhor do que Zidane”. Payet pode até ser o homem de Slaven, mas é também de Didier e da França – o mais recente candidato a ser o que o Michel Platini foi para a selecção anfitriã de França em 1984 e Zidane, no Campeonato do Mundo, 14 anos mais tarde.