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Roménia: A melhor defesa da qualificação para o UEFA EURO 2016

Fique a conhecer a defesa que melhor se tem portado na fase de qualificação, com apenas um golo sofrido em oito jogos até à data, embora nem tudo esteja a correr bem.

O romeno Ovidiu Hoban afasta o perigo da sua grande área, perante a aproximação do húngaro Ádám Szalai
O romeno Ovidiu Hoban afasta o perigo da sua grande área, perante a aproximação do húngaro Ádám Szalai ©AFP/Getty Images

Sabe qual a selecção com melhor registo defensivo na qualificação para o UEFA EURO 2016? Será a Inglaterra? Espanha? Está perto, mas não. O País de Gales? Está ainda mais perto, mas também não. A campeã do mundo Alemanha? Essa nem está entre as 20 melhores. Não, o melhor registo defensivo pertence à Roménia: oito jogos disputados, um golo sofrido.

Coesão defensiva
Parte da razão que explica a abordagem mais cautelosa que a Roménia tem apresentado nos seus encontros deve-se à ausência de estrelas, ao contrário do que acontecia em gerações passadas, com os Gheorghe Hagis ou os Adrian Mutus, que brilharam a grande altura em alguns dos principais clubes da Europa. Agora, a maioria dos jogadores actua em clubes de menor reputação e os poucos que jogam em emblemas de maior dimensão estão longe de serem, aí, titulares indiscutíveis.

Três dos quatro elementos da defesa - os defesas-centrais Dragoș Grigore e Vlad Chiricheș e o lateral-esquerdo Răzvan Raț - raramente saem da equipa e apenas no lado direito do sector mais recuado o seleccionador Anghel Iordănescu tem menos certezas. "Se tivesse o Dani Alves ou o Rafinha, não optaria pelo Paul Papp", admitiu. Mas Papp tem, nos últimos tempos, sido mesmo o quarto elemento de uma defesa que tem conseguido suster quase tudo o que lhe surge pela frente, com o guarda-redes Ciprian Tătărușanu a brilhar também a grande altura, com algumas grandes defesas nos principais jogos.

Resumo: Roménia 2-0 Irlanda do Norte

Para onde foram os golos?
Mas, ao mesmo tempo, existe na Roménia uma preocupação crescente: será a segurança defensiva suficiente para garantir o apuramento? Três empates consecutivos sem golos, ditaram que a até então confortável vantagem sobre a Hungria, terceira classificada, ficasse reduzida a apenas três pontos. Passaram 338 minutos desde que Claudiu Keșerü marcou o único golo da Roménia em jogos oficiais em 2015, estando os pupilos de Iordănescu a apenas 75 minutos de quebrar o recorde negativo da selecção nacional romena, o qual dura desde 1948.

"Não estou preocupado", garante o técnico. "Foi positivo termos conquistado dois pontos fora de portas, na Irlanda do Norte e na Hungria. Temos de aceitar a realidade da nossa selecção: não temos capacidade para dominar grupos e ganhar todos os jogos, como acontecia há alguns anos." Efectivamente, os dias em que a Roménia conseguia três presenças consecutivas em Campeonatos do Mundo, como sucedeu na década de 1990, já passaram.

O único golo da Roménia em jogos oficiais em 2015

Iordănescu não pode, de facto, fazer muito mais. Ciprian Marica, a principal arma do ataque romeno nos anos últimos tempos, encontra-se sem clube; Raul Rusescu e Bogdan Stancu estão longe da sua melhor forma; e, aos 22 anos, Florin Andone, jovem avançado do Cordoba, ainda está a dar os primeiros passos ao mais alto nível. A responsabilidade de fazer golos recai, pois, sob os ombros de Keșerü.

Será assim tão importante?
Mas será que importa assim tanto? A verdade é que a Roménia pode mesmo garantir a qualificação se sequer ir além dos sete golos que apontou até ao momento no seu grupo, desde que consiga manter a forte disciplina defensiva que tem apresentado. E a história já provou que é possível ter-se sucesso com base na eficácia defensiva – os adeptos gregos, certamente, não se importam com os poucos golos marcados pela sua selecção rumo à conquista do UEFA EURO 2004? Iordănescu resume: "O que importa é garantirmos a qualificação. As fases de qualificação não são para jogar, são para ultrapassar."

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