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Hadžiabdić dividido na recepção de Gales à Bósnia

Antigo herói no Swansea, Džemal Hadžiabdić será espectador atento do embate de sexta-feira entre Bósnia e Herzegovina e País de Gales, em Cardiff.

Džemal Hadžiabdić (direita) em acção pelo Swansea frente ao Manchester City em Outubro de 1982
Džemal Hadžiabdić (direita) em acção pelo Swansea frente ao Manchester City em Outubro de 1982 ©Getty Images

Com o País de Gales a preparar-se para receber a Bósnia e Herzegovina em Cardiff nesta sexta-feira, em jogo do Grupo B da fase de qualificação para o UEFA EURO 2016, um antigo herói local irá sentir-se certamente com o coração dividido.

"Tenho seguido tanto o País de Gales como a Bósnia", admitiu ao UEFA.com Džemal Hadžiabdić, antigo médio internacional jugoslavo, nascido na Bósnia e que representou o Swansea City AFC. "Ao longo dos últimos dez anos, o País de Gales teve vários seleccionadores e penso que as pessoas procuraram encontrar sempre demasiadas desculpas. Mas, com os jogadores que tem ao seu dispor neste momento, agora não há desculpa possível."

"A Bósnia, por seu lado, encontra-se debaixo de uma enorme pressão depois de ter sido derrotada por Chipre no primeiro jogo desta fase de qualificação", acrescentou. "As críticas por parte da imprensa e dos adeptos ao seleccionador Safet Sušić têm sido muitas, mas ele é um bom treinador, que levou o país à fase final do último Campeonato do Mundo, e merece ser mais bem tratado."

©Getty Images

Agora com 61 anos, Hadžiabdić nasceu em Mostar mas tem uma casa no País de Gales desde que, em 1980 trocou o FK Velež pelo Swansea pela mão de John Toshack. "Toshack lembrou-se de mim depois de me ver jogar pela Jugoslávia frente a Gales", recordou o antigo lateral-esquerdo. "Estreei-me num encontro amigável frente ao Tottenham Hotspur, que na altura contava com jogadores como Glenn Hoddle ou Ossie Ardiles, que eu estava habituado a ver apenas nos cromos. Joguei 45 minutos e foram os melhores 45 minutos da minha carreira de futebolista".

Hadžiabdić ficou apenas três épocas no Swansea mas, embora tenha passado os últimos 20 anos a treinar no Qatar, o sul de Gales continua no seu coração. "Procuro criar sempre uma boa atmosfera nas minhas equipas", explicou. "Só assim é possível conquistar algo. Quero continuar sempre a aprender e a crescer enquanto treinador. Sonho, um dia, treinar o Swansea City, mas esse é um sonho que muitos terão. Ainda assim, nunca desistirei."

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