Casillas aliviado após noite nervosa da Espanha

O capitão Iker Casillas admitiu que a vitória da Espanha sobre a Croácia em Gdansk "retirou um grande peso dos ombros" da equipa. A selecção espanhola teve de esperar até aos 88 minutos para assegurar um lugar nos quartos-de-final, graças ao golo de Jesús Navas. O remate certeiro do suplente Navas garantiu ainda o primeiro lugar do Grupo C e acalmou os nervos espanhóis, numa noite que Andrés Iniesta apelidou de “esgotante”.

Iker Casillas, guarda-redes de Espanha
Acho que foi um jogo muito tenso, uma vez que representava a passagem à fase seguinte. Os croatas estavam muito bem preparados para jogar contra nós. Dificultaram-nos a criação de oportunidades de golo, defenderam-se muito bem. Tivemos sorte ao marcar, com o nosso futebol de primeiro toque, um golo tardio. Foi como se saísse um peso dos ombros.

Há muitos jogos para jogar e muitas equipas que querem, notamos isso, ganhar à Espanha.Cada vez que um colega cria uma situação e não marca, sofremos em conjunto. Tive sorte numa ocasião de golo que nos colocaria em sérias dificuldades [defesa depois do cabeceamento de Ivan Rakitić], mas estou satisfeito por nos termos qualificado.

Jesús Navas, médio de Espanha
A Croácia foi um grande adversário e jogou ao mesmo nível do que nós. Marcavam muito bem e isso dificultou-nos a tarefa. De qualquer maneira, conseguimos, através da luta, encontrar o caminho da vitória. Todos os jogadores se esforçaram muitíssimo. Jogamos sempre para a vitória. É nisso que acreditamos e é para isso que jogamos.

É óptimo qualificarmo-nos desta maneira, especialmente se ganhamos, Acrescentámos mais pontos ao nosso pecúlio, e terminámos em primeiro do grupo. Estamos muito contentes por isso. Seja quem tivermos de enfrentar [nos quartos-de-final], vamos manter-nos fiéis ao nosso jogo. Estou ansioso por ver com quem jogar.

Andrés Iniesta, méido de Espanha
Sofremos porque foi um jogo muito duro e difícil. Foi um daqueles jogos que parece que estamos sempre perto do golo, sem nunca o conseguir. Lutámos até ao fim e acabámos por encontrá-lo. É esgotante, não somos máquinas. A Croácia deu-nos problemas e demonstrou ser uma excelente equipa. Foi um grande golo, com um passe espectacular vindo de Cesc Fàbregas. Eu só tive de ver o Navas e passar-lhe a bola. Não me interessa quem será o adversário seguinte. Quem vier, será difícil.

Xabi Alonso, médio de Espanha
Claramente a coisa mais importante é passarmos como vencedores do grupo. Sabíamos que não ia ser fácil enfrentar a Croácia porque é boa equipa que também teve oportunidades para passar. Já sabíamos que era preciso trabalhar muito neste jogo;  em última análise, foi ainda mais difícil do que gostaríamos, mas também temos de reconhecer que eles fizeram um óptimo jogo.

Foram uma equipa muito compacta e sólida. As suas linhas defensivas e o meio-campo mantiveram-se muito unidos, o que tornou muito difícil a tarefa de furar. Estivemos perto de o conseguir sem nunca, no entanto, termos criado oportunidades de golo claras. Mas conseguimos manter a baliza inviolável e, no final do jogo, o golo acalmou-nos os nervos.
Hoje em dia, no futebol, as equipas são muito equilibradas. Conseguimos grandes feitos recentemente mas também, não se podem esquecer, lutámos muito por eles. Se quisermos repetir, o sucesso, espera-nos uma tarefa muito difícil. Temos de trabalhar arduamente e precisamos de um pouco de sorte. Esperamos conseguir combinar os dois factores.