Recordistas de presenças no EURO: Ronaldo e Casillas perto do topo
sexta-feira, 29 de abril de 2016
Sumário do artigo
Duas antigas estrelas internacionais lideram a lista dos jogadores com mais presenças no EURO, mas Cristiano Ronaldo, Iker Casillas e Bastian Schweinsteiger podem apanhá-los neste Verão.
Conteúdo media do artigo
Corpo do artigo
Edwin van der Sar e Lilian Thuram partilham a honra de serem os jogadores com mais presenças em fases finais à entrada do UEFA EURO 2016, mas o rol dos perseguidores podem muito bem apanhá-los este Verão.
Edwin van der Sar (16)
Veterano com 130 internacionalizações pela Holanda, Van der Sar esteve a um pequeno passo da glória pela sua selecção mais do que uma vez. O esguio guarda-redes faz parte de uma elite de jogadores que participaram em quatro fases finais do EURO, e em cada uma delas atingiu pelo menos os quartos-de-final. Por duas vezes esteve entre os postes quando o seu país atingiu as meias-finais, falhando ao acesso à final – talvez a ocasião mais dolorosa tenha sido no UEFA EURO 2000, onde a selecção "laranja" foi eliminada pela Itália no desempate por penalties, depois de ter falhado dois no tempo regulamentar.
Lilian Thuram (16)
A 142ª e última internacionalização do defesa francês foi na qualidade de capitão, frente à Holanda – de Van der Sar – no segundo jogo dos "bleus" na fase de grupos do UEFA EURO 2008. De fora no derradeiro encontro da França – uma derrota por 2-0 frente à Itália, que confirmou a eliminação dos gauleses –, significa que tem de partilhar o recorde de presenças na fase final, e assinalou o fim de uma carreira ilustre, que atingiu o seu ponto alto como pilar defensivo da geração que ganhou o Campeonato do Mundo de 1998 e o UEFA EURO 2000.
Jogadores com dez ou mais presenças que podem disputar o UEFA EURO 2016
13: Gianluigi Buffon, Bastian Schweinsteiger
12: Cesc Fàbregas, Andrés Iniesta, Fernando Torres
11: Petr Čech, Andrea Pirlo, Lukas Podolski, Sergio Ramos, David Silva
10: Zlatan Ibrahimović, Andreas Isaksson
Iker Casillas, Spain (14)*
Casillas esteve em quatro edições do EURO – apesar de ter sido suplente não utilizado no seu primeir, em 2000 – e terminou os dois últimos a erguer o troféu na qualidade de capitão. Entre esses dois triunfos foi também campeão do Mundo com a Espanha em 2010, a que se juntam também três vitórias na UEFA Champions Leagues e cinco Ligas espanholas. Casillas soma mais de 160 internacionalizações e, apesar de ter trocado o Real Madrid pelo Porto desde a sua última fase final, continua a ser uma das principais opções da Espanha.
Cristiano Ronaldo, Portugal (14)*
Já o melhor marcador do Campeonato da Europa da UEFA – qualificação e fases finais combinadas – com 26 golos, Ronaldo terá como objectivo em França passar Thuram e Van der Sar. Marcou seis golos nos seus três anteriores EUROs: quartos-de-final (2008), meias-finais (2012), finalista vencido (2004). No entanto, o registo individual vai para além de tudo isso. Ronaldo não só venceu duas UEFA Champions Leagues, como somou também três Bolas de Ouro e é o melhor marcador de sempre do Real Madrid e de Portugal.
Philipp Lahm, Germany (14)
Não são muitos os jogadores que deixam a sua selecção em alta. Passada apenas uma semana após ter capitaneado a Alemanha na vitória no Campeonato do Mundo de 2014, Lahm anunciou o final da sua carreira internacional aos 30 anos. Vestiu a camisola do seu país em 113 ocasiões, tendo estado presente em seis fases finais, três delas como capitão. Em quatro dessas seis ocasiões, fez parte da equipa ideal do torneio. Continua a ser o capitão do Bayern München, com quem venceu até agora sete títulos da Bundesligas.
Luís Figo (14)
Uma carreira estelar, dividida por três Campeonatos da Europa, pareceu, a dada altura, destinada a terminar da pior forma, com Figo a deixar a selecção depois da derrota caseira com a Grécia, na final do UEFA EURO 2004. No entanto, o médio-ofensivo acabou por mudar de ideias, e disse adeus à selecção portuguesa após o Campeonato do Mundo de 2006. Apesar de não ter conquistado troféus, Figo foi certamente um talismã digno da "geração de ouro" do seu país.
Nuno Gomes (14)
Entre os jogadores que olhavam para Figo em busca não só de inspiração, mas também de assistências, Nuno Gomes liderou durante muito tempo o ataque de uma selecção abençoada com talento criativo abundante. Terceiro melhor marcador da história do Europeu, atrás apenas de Michel Platini e Alan Shearer, Nuno Gomes habituou-se a deixar a sua marca, já que facturou nos três Europeus em que participou.
Karel Poborský (14)
Pensem em Poborský e certamente se vão recordar de um momento em particular: AQUELE golo frente a Portugal nos quartos-de-final do EURO '96; pela visão, execução e desfaçatez, o seu chapéu é inesquecível. Assinalou um momento pessoal num torneio em que a República Checa do extremo cabeludo deu nas vistas ao atingir a final, com Poborský a permanecer uma figura influente no UEFA EURO 2004.
Zinédine Zidane (14)
Simplesmente imparável no auge da sua carreira, Zidane foi o coração da selecção francesa que, em 2000, tornou-se na primeira campeã mundial a ganhar o Europeu. Autor de dois golos na final do Campeonato do Mundo de 1998, foi igualmente decisivo na condução dos "bleus" até à glória, dois anos depois, marcando um livre directo fantástico na vitória sobre a Espanha, nos quartos-de-final. Depois, foi capaz de manter os nervos para converter o penalty, aos 117 minutos do prolongamento, na vitória sobre Portugal nas meias-finais.
*Ainda a jogar pela sua selecção