Equipa do Torneio do EURO 2008
segunda-feira, 16 de maio de 2016
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A Espanha dominou a equipa do EURO 2008, com Iker Casillas, Carles Puyol, Carlos Marchena, Marcos Senna, Xavi Hernández e David Villa na lista.
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GR: Iker Casillas (Espanha)
Impressionante servo do Real Madrid e da Espanha, os melhores momentos de Casillas a nível de selecções terão acontecido na fase final de 2008. O guarda-redes, que se estreou internacionalmente em 2000, herdou a braçadeira de capitão na véspera da fase final. Liderou os eventuais campeões europeus de forma impecável, mantendo as suas redes invioladas nos quartos-de-final (nos quais ainda deteve duas tentativas de conversão de penalties no desempate ante a Itália), nas meias-finais e no jogo decisivo. Casillas amealhou a 100ª internacionalização em 2009 e voltou a inspirar a liderar a "roja" aos títulos no Mundial de 2010 e no EURO 2012.
DF: Philipp Lahm (Alemanha)
Um dos mais eficazes laterais ofensivos da sua geração, Lahm estreou-se pela Alemanha em 2004 e, desde então, tem tido um excelente rendimento pela selecção germânica, tanto do lado direito como do esquerdo. Apontou o primeiro golo do Mundial de 2006 e destacou-se pelos anfitriões, tendo ajudado a "mannschaft" a conquistar o terceiro lugar. Dois anos volvidos, a Alemanha chegou ainda mais longe, em parte graças a Lahm, cujo tento aos 90 minutos frente à Turquia qualificou os germânicos para a final. Na altura com 26 anos, o lateral do Bayern tornou-se, em 2010, no mais novo capitão de sempre da selecção germânica e, quatro anos mais tarde, liderou a sua equipa à vitória no Campeonato do Mundo. Retirou-se da selecção uma semana depois.
DF: Carles Puyol (Espanha)
A selecção espanhola que deu seguimento ao título europeu no UEFA EURO 2008 conquistando o ceptro mundial em 2010 foi aclamada pelo brilhante futebol apresentado, feito de passes. No entanto, houve também robustez personificada pelo lutador Puyol. No EURO 2008, participou em cinco dos seis encontros realizados pelos espanhóis e ajudou o conjunto de Luis Aragonés a manter as redes invioladas nos últimos três jogos, frente a Itália, Rússia e Alemanha. O defesa-central é altamente competitivo, luta por todas as bolas divididas e inspira os que o rodeiam. Antigo capitão do Barcelona, Puyol conquistou tudo o que havia para vencer a nível de clubes e de selecções.
DF: Carlos Marchena (Espanha)
Elemento da selecção espanhola que se sagrou campeã mundial Sub-20 em 1999, ao lado de Iker Casillas e Xavi Hernández, Marchena revelou-se fundamental no triunfo da "roja" no UEFA EURO 2008. Fez uma parceria perfeita com Carles Puyol no centro da defesa, efectuando a marcação individual ao ponta-de-lança adversário, sempre com o companheiro de equipa e central do Barcelona por perto. O jogador formado pelo Sevilha, que ingressou no Villarreal depois de nove temporadas ao serviço do Valência, onde chegara proveniente do Benfica, estabeleceu o recorde de 50 jogos internacionais sem ver a equipa derrotada antes de perder o lugar para Gerard Piqué.
DF: Yuri Zhirkov (Rússia)
A caminhada da Rússia até às meias-finais do UEFA EURO 2008 pode ter chamado a atenção de alguns observadores, mas poucos no país ficaram surpreendidos com os dinâmicos desempenhos de Zhirkov no lado esquerdo da defesa. Actuando como extremo, Zhirkov marcou na final da Taça UEFA de 2005 pelo CSKA Moscovo, frente ao Sporting e, dez dias depois, voltou a facturar, agora na final da Taça da Rússia. Esses golos ficaram, entretanto, na sombra de um notável lance individual no jogo da UEFA Champions League frente ao Hamburgo. Tornou-se no mais caro jogador russo quando ingressou no Chelsea, em 2009, por uma verba que terá rondado os 18 milhões de euros.
MD: Luka Modrić (Croácia)
À luz das suas brilhantes exibições na fase final do UEFA EURO 2008, parece bastante injusto para Modrić ter sido considerado responsável pela eliminação da Croácia. No entanto, o organizador de jogo da equipa falhou a sua tentativa de conversão no desempate por grandes penalidades frente à Turquia. Momentos antes, parecia ter virado herói ao fazer o passe para o golo de Ivan Klasnić no prolongamento, mas a Turquia empataria de imediato. O antigo jogador do Dínamo Zagreb, que se transferira dias antes para o Tottenham, por 21 milhões de euros, iluminou a fase final com arrancadas e excelentes passes, tendo apontado o tento inaugural da fase final, frente à co-anfitriã Áustria. Está agora no Real Madrid.
MD: Marcos Senna (Espanha)
O médio nascido no Brasil, onde representou, entre outros, o Corinthians, estreou-se pela Espanha em Março de 2006, quando já levava quatro temporadas no Villarreal. As excelentes actuações pelo "submarino amarelo" na caminhada rumo às meias-finais da UEFA Champions League mereceram-lhe um lugar na selecção espanhola que esteve presente no Mundial de 2006. Apesar de ter sido titular nas duas primeiras partidas, Senna teria de esperar mais dois anos para se impor verdadeiramente. Fisicamente poderoso e tacticamente arguto, este recuperador de bolas ofereceu a segurança necessária para que os jogadores mais criativos da Espanha pudessem destacar-se.
MD: Xavi Hernández (Espanha)
Xavi ingressou no Barcelona com 11 anos, sagrou-se campeão espanhol pela primeira vez em 1999 e estreou-se pela Espanha em 2000. Contudo, demorou alguns anos a mostrar todo o seu talento e a receber o justo reconhecimento por isso. A forma inteligente e invariavelmente simples como usa a bola faz com que nem sempre se destaque, mas não há dúvidas que o médio tem sido imensamente influente no sucesso tanto do FC Barcelona como da Espanha. O jogador com mais partidas disputadas pelo Barça, tornou-se titular da selecção espanhola no Mundial de 2006 e, dois anos depois, revelou-se um jogador-chave. A sua precisão de passe e ímpar leitura de jogo tornaram-no determinante para o êxito espanhol, tendo sido igualmente eleito o Melhor Jogador da fase final.
MD: Hamit Altıntop (Turquia)
A decisão de Fatih Terim em mudar Altintop do lado direito da defesa para uma posição mais avançada no meio-campo, com propensão para surgir nas costas dos defensores adversários, constituiu o ponto de viragem da Turquia no UEFA EURO 2008. A necessitar de derrotar a República Checa no último jogo da fase de grupos, a Turquia perdia por 2-0 quando, nos últimos 15 minutos, Altıntop fez assistências para três golos e inspirou os companheiros para uma notável recuperação. Tecnicamente dotado e capaz de desequilibrar a defesa com um passe inesperado ou um drible penetrante, Altıntop voltou a brilhar frente à Croácia, contra a qual converteu a grande penalidade decisiva no desempate. No entanto, não conseguiu repetir a façanha frente ao país onde nasceu, a Alemanha, nas meias-finais, embora a sua estrela tenha continuado a brilhar.
AV: Andrey Arshavin (Rússia)
A importância de Arshavin era tal que Guus Hiddink decidou convocá-lo pese embora estivesse suspenso nas primeiras duas partidas. Na sua ausência, a Rússia perdeu por 4-1 ante a Espanha, mas derrotou a Grécia. No entanto, o avançado rapidamente recuperou o tempo perdido. Arshavin, que inspirara o Zenit à conquista da Taça UEFA no mês anterior, fez uma assistência e apontou outro golo no triunfo sobre a Suécia, antes de se exibir em grande plano frente à Holanda nos quartos-de-final, com mais duas assistências e um golo. O seu desempenho despertou o interesse dos principais clubes europeus e, seis meses depois, foi contratado pelo Arsenal.
AV: David Villa (Espanha)
A Espanha tivera em Fernando Torres um substituto à altura, mas foi pena que uma lesão tivesse impedido o excepcional Villa de participar na final do UEFA EURO 2008. Goleador supremo, estreou-se na "roja" em 2005 e deu nas vistas com o "hat-trick" apontado à Rússia, tendo terminado a prova como melhor marcador, com quatro tentos. Apontou cinco golos na conquista do Mundial de 2010 por parte dos espanhóis e, em Março de 2011, tornou-se no melhor marcador de sempre da selecção espanhola, ultrapassando os 44 golos de Raúl. Em Maio de 2010, o Barcelona pagou 40 milhões de euros ao Valência pelos serviços do dianteiro.