O "bom trabalho" checo
sábado, 19 de junho de 2004
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O seleccionador da Rep. Checa, Karel Brückner, minimizou a actuação da sua equipa, ao passo que o homólogo holandês estava desiludido com o resultado.
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“Bom trabalho”. Foi desta forma muito curta e simples que o seleccionador da República Checa, Karel Brückner, qualificou a actuação da sua equipa no fantástico embate com a Holanda, que terminou com a vitória dos seus comandados, por 3-2, resultado que garantiu o apuramento para os quartos-de-final do UEFA EURO 2004™, quando ainda falta realizar a partida com a Alemanha.
Foi “apenas aplicar a táctica correcta”
Questionado sobre o porquê de ter estado por duas vezes em desvantagem nos jogos já realizados pela sua equipa na prova, o seleccionador da única equipa totalmente vitoriosa no certame respondeu: “Tratou-se apenas de aplicar a táctica correcta, como já acontecera no encontro anterior, com a Letónia”, admitindo, implicitamente não ter feito as melhores opções no início.
Bolf de regresso à defesa
Karel Brückner indicou que, para o derradeiro encontro do Grupo D, com a Alemanha, a defesa apenas deverá sofrer uma alteração, com o regresso de René Bolf à equipa após debelar a lesão que o impediu de defrontar a Holanda. “Nos próximos jogos, a defesa será a habitual, com Bolf a regressar à equipa, embora tenha de admitir que o nosso lado direito não esteve, propriamente, perfeito”, concedeu o seleccionador checo, que ainda afirmou: “Não pedi nada de diferente aos jogadores quando estávamos a perder por 2-0. Só lhes pedi para darem tudo o que tinham e serem um pouco mais agressivos sobre a bola”.
Tudo fantástico para Nedved
Para o Melhor em Campo da Carlsberg, o capitão Pavel Nedved, “foi um dia fantástico e um jogo fantástico”, pois “estar a perder por 2-0 com a Holanda e dar a volta ao marcador é simplesmente maravilhoso”. Quanto ao que os jogadores checos fizeram, o médio da Juventus afirmou que “foi só cumprir as ordens do nosso técnico, ajudados por um público, que, apesar de estar em desvantagem relativamente aos adeptos holandeses, foi perfeito no apoio”.
‘Desilusão’ no reino holandês
O seleccionador holandês, Dick Advocaat, começou por dizer que a sua equipa está “desiludida com o desfecho da partida”, pois criou “oportunidades suficientes para ganhar. Apesar do 3-2 final, merecíamos mais do que este resultado”, o qual faz com que os holandeses tenham de bater a Letónia e esperar que a Alemanha não leve a melhor sobre os checos.
Substituições contestadas
As substituições que Advocaat fez na equipa foram muito questionadas, com o seleccionador a ter de justificar a troca de Arjen Robben por Paul Bosvelt da seguinte forma: “Mudei Robben porque esteve lesionado durante muito tempo, pois fazia o seu primeiro jogo depois de três meses de paragem, e também porque pretendia travar as subidas no terreno de Tomas Galásek. Mesmo depois dessa substituição, criámos muitas oportunidades para marcar”.
‘Heitinga é muito jovem...’
Advocaat deixou ainda uma crítica velada a John Heitinga pela sua expulsão, embora desculpando o lateral do Ajax pela sua juventude. “O segundo cartão amarelo era perfeitamente escusado. Quando um jogador já tem um, não pode partir para o desarme de carrinho, antes devendo acompanhar o adversário, mas o John é ainda muito jovem... Ainda assim e com menos um jogador, podíamos ter voltado a marcar”.