Šmicer completa reviravolta checa
sábado, 19 de junho de 2004
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Holanda 2-3 República Checa
Os checos estiveram a perder por 2-0 antes de virarem o resultado e tornar-se na primeira equipa apurada para os quartos-de-final.
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Holanda e República Checa proporcionaram o melhor jogo do UEFA EURO 2004 até ao momento, proporcionando um grande espectáculo de futebol no Estádio Municipal de Aveiro. Depois de estarem a perder por 2-0, os checos venceram por 3-2.
Após o empate na ronda inaugural, frente à Alemanha, a Holanda partiu para o jogo com a República Checa com Seedorf no ‘onze’ titular, depois de ultrapassados os problemas físicos que afectaram o jogador. Ainda na Holanda, registo para a titularidade de Robben, que entrou para o lugar de Zenden. Por outro lado, os checos, que bateram a Letónia no primeiro jogo do D, puderam contar com Grygera (recuperado de uma lesão), apesar de René Bolf ter ficado de fora. Holanda e República Checa fizeram parte do mesmo grupo no apuramento para o UEFA EURO 2004, sendo que na memória ficou a retumbante vitória dos checos por 3-1. A República Checa terminou a fase de qualificação em primeiro lugar, sem ter sofrido uma única derrota.
O jogo começou com uma boa oportunidade para a República Checa. Depois de uma excelente assistência de Rosický, Koller desperdiçou a ocasião, atirando muito por cima. Contudo, a Holanda chegou à vantagem, aos três minutos, na sequência de um livre apontado por Robben, com Bouma, seu companheiro de equipa no PSV Eindhoven, a dar o melhor seguimento ao lance. Ao segundo poste, com um forte remate de cabeça, Bouma rubricou um golo de belo efeito.
Logo a seguir, a Holanda dispôs de uma nova oportunidade, depois de um livre directo apontado por Seedorf. A bola ainda tocou no poste direito da baliza à guarda de Petr Cech. Num jogo muito animado nos instantes iniciais, a Holanda, mais pressionante, voltou a desperdiçar uma boa ocasião, com um remate de Seedorf à entrada da área, que não passou muito longe da baliza checa.
Aos 18 minutos, a Holanda dilatou o marcador, depois de uma excelente jogada de envolvimento atacante. Davids desmarcou Robben no lado esquerdo, que efectuou um cruzamento tenso para a área. Ruud Van Nistelrooij, no local do ponta-de-lança, fez o mais fácil, empurrando a bola para o fundo das redes à guarda de Cech.
A República Checa respondeu da melhor forma ao segundo golo dos holandeses e, aos 22 minutos reduziu para 2-1, com um golo de Koller, depois de um atraso infeliz de Cocu. Milan Baroš não desistiu do lance e Koller finalizou sem dificuldades. Numa primeira parte de grande nível, Heitinga proporcionou a Cech uma defesa espectacular, aos 32 minutos, depois de um forte remate que levava selo de golo.
Aos 34 minutos Clarence Seedorf voltou a colocar em sentido Petr Cech, com um forte remate do ‘meio da rua’. A bola passou a escassos centímetros do poste direito da baliza. Três minutos depois, na sequência de uma jogada de insistência de Nedved, Koller voltou a desperdiçar uma boa ocasião, numa fase em que ambas as equipas proporcionavam um excelente espectáculo de futebol. A três minutos do intervalo, Davids poderia ter ampliado a vantagem, com um forte remate rasteiro, que embateu com estrondo no poste da baliza checa.
A segunda parte iniciou-se com a mesma toada com que tinha terminado o primeiro tempo, com boas ocasiões para ambas as equipas. A República Checa procurou com insistência o segundo golo e, aos 51 minutos, Nedved dispôs de uma boa oportunidade, contudo, Van der Sar defendeu com segurança. Aos 56 minutos, foi a vez de Robben brilhar no lado esquerdo, com um cruzamento milimétrico para a cabeça de Van Nistelrooij. Petr Cech opôs-se da melhor maneira.
Aos 62 minutos, a República Checa esteve muito perto do empate, após uma excelente jogada do recém-entrado Heinz no lado esquerdo. Šmicer rematou forte e Van der Sar efectuou uma defesa extraordinária, cedendo canto. Aos 70 minutos, os checos chegaram finalmente ao empate, com um dos melhores golos do torneio. Nedved ganhou posição no lado esquerdo, cruzou para a área e Koller amorteceu para Milan Baroš. O avançado do Liverpool FC rematou de forma certeira, sendo que Van der Sar ainda tocou no esférico.
Os instantes finais da partida foram emocionantes, à imagem do que sucedeu durante todo o jogo, com várias ocasiões em ambas as balizas. Contudo, a República Checa concretizou a reviravolta no marcador, com um golo de Šmicer a dois minutos do apito final do árbitro, depois de um remate de Heinz fora da área.
"Onzes"
Holanda: Van der Sar; Van Bronckhorst, Bouma, Stam, Heitinga; Davids, Seedorf (Van der Vaart 86), Cocu (c); Robben (Bosvelt 58), Van Nistelrooy, Van der Meyde (Reiziger 79)
Suplentes: Westerveld, Waterreus, Kluivert, Makaay, Sneijder, Frank de Boer, Overmars, Van Hooijdonk, Zenden
Seleccionador: Dick Advocaat
República Checa: Čech; Jankulovski, Ujfaluši, Jiránek, Grygera (Šmícer 25); Nedvĕd (c), Galásek (Heinz 62), Rosický, Poborský; Baroš, Koller (Rozenhal 75)
Suplentes: Blažek, Kinský, Mareš, Lokvenc, Vachoušek, Hübschman, Týce, Plašil
Seleccionador: Karel Brückner
Árbitro: Manuel Mejuto González (Espanha)
Melhor em Campo: Pavel Nedvěd (República Checa)