Vincenzo Italiano, treinador da Fiorentina, fala sobre a desilusão na final da Europa Conference League da época passada e do plano para corrigir a situação em Atenas
segunda-feira, 27 de maio de 2024
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"Espero que o esforço, o trabalho árduo e a atenção que dedicámos a esta competição nos traga a cereja no topo do bolo", diz Vincenzo Italiano ao UEFA.com, numa altura em que a sua equipa se prepara para a segunda final seguida da Europa Conference League.
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Após cancelar em poucos minutos vantagem do West Ham dada pelo golo inicial, a Fiorentina parecia ser a equipa mais forte nos últimos momentos da final da UEFA Europa Conference League da época passada, em Praga, mas um tento de Jarrod Bowen acabou por dar a vitória à equipa inglesa.
Desde então, conforme explicou o treinador Vincenzo Italiano, a formação Viola reforçou a sua defesa e espera que uma vitória ante o Olympiacos em Atenas traga ao clube o primeiro troféu continental desde a Taça dos Vencedores das Taças de 1960/61.
Sobre chegar à segunda final seguida na Europa Conference League
Estamos muito orgulhosos. Participámos numa competição europeia durante dois anos consecutivos e chegámos à final nas duas vezes. É uma grande alegria e é a acumulação do trabalho árduo feito ao longo de três anos espectaculares.
Na época passada, fizemos uma grande viagem, embora o final não tenha sido tão bom. Este ano repetimos, o que não foi fácil. Vamos tentar dar o nosso melhor, porque a Fiorentina não ganha um troféu há muitos anos. Temos outra oportunidade e, desta vez, vamos tentar preparar-nos melhor. Espero que os nossos esforços, o nosso trabalho árduo, toda a atenção detalhada que dedicámos a esta competição nos tragam a cereja no topo do bolo.
Sobre a derrota na final da época passada contra o West Ham
Dispusemos do match point nos minutos finais, depois de termos empatado graças ao golo do [Giacomo] Bonaventura, que recebeu a bola do [Ronaldo] Mandragora. Infelizmente, nestes jogos, o diabo está nos pormenores. O mais pequeno lapso de concentração pode levar a erros e é preciso ser perfeito.
Sobre a evolução da Fiorentina desde a época passada
Desde o início da época que estamos a tentar implementar pequenas mudanças. Já tínhamos começado a alterar as posições dos nossos médios no final da época passada; tentámos que alguns defesas jogassem mais subidos desenvolver melhor os jogos. É por isso que um defesa-central como o [Lucas Martínez] Quarta marcou dez golos. Toda a gente ficou satisfeita com isso, especialmente ele. Os defesas não costumam marcar tantos golos.
Sobre enfrentar um adversário grego em Atenas
Vamos enfrentar um adversário complicado. Se conseguirmos ganhar uma meia-final a duas mãos [contra o Aston Villa], temos de ser bons. E para eles este será um jogo em casa. É verdade que o estádio não é o deles, mas estarão a jogar na sua cidade. Acho que isso irá aumentar o nosso desafio.
Mas quando entramos em campo, quando o árbitro dá início ao jogo e estamos lá, tudo o resto passa para segundo plano. Temos de nos concentrar em vencer um adversário que, para mim, tem qualidade e capacidade, e vamos tentar, como sempre, tirar o máximo partido do jogo.
Sobre o significado de ganhar o troféu
A minha primeira preocupação é o plantel e os rapazes. Seria uma enorme recompensa para eles, por tudo o que têm vindo a fazer nas últimas duas épocas nesta competição. Há três anos que a Fiorentina está a navegar na metade superior da tabela. Continuamos a ter bons resultados na Conference League e a honrar um grande torneio.
Para mim, este é o nível em que a Fiorentina precisa de se manter – um nível elevado! Eles são capazes de o fazer. É isto que as pessoas querem e pelo que têm clamado, é a este o nível em que temos de estar. Chegar às finais, às meias-finais, lutar por um lugar no meio da classificação todas as épocas. Penso que este é um caminho que podemos seguir.