Entrevista: Treinador do Feyenoord fala sobre a final da UEFA Europa Conference League contra a Roma
domingo, 22 de maio de 2022
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O treinador do Feyenoord, Arne Slot, orgulha-se de que "golos, energia, intensidade" e "muito futebol ofensivo" tenham sido as marcas da campanha da sua equipa na UEFA Europa Conference League – e quer mais do mesmo frente à Roma, na final.
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Antigo médio do Zwolle e do NAC Breda, entre outros, Arne Slot elevou o seu nível como treinador, levando o Feyenoord à final da UEFA Europa Conference League na sua primeira temporada em Roterdão.
O técnico de 43 anos ingressou no clube após uma breve passagem pelo AZ Alkmaar e transformou-o numa força europeia de sucesso. Enquanto se prepara para defrontar a Roma na final, Slot diz ao UEFA.com que está determinado a continuar a jogar à maneira holandesa em Tirana.
Sobre o embate com José Mourinho e a Roma na final
Seu currículo faz com que se tema qualquer equipa que ele orienta. [Mourinho] é conhecido por vencer muitas finais. Mas temos que nos concentrar principalmente na equipa dele, nas táticas e nas diferentes maneiras de jogar. Não devemos prestar muita atenção ao facto de ele ter um histórico tão impressionante em finais.
A Roma tem jogado de forma brilhante nas partidas importantes, especialmente na fase a eliminar das competições europeias. Sabe preparar-se bem para um jogo importante. Eles têm um grande "onze" titular, mas se Mourinho tiver de olhar para o banco, há muitos outros jogadores que podem entrar. Apenas as melhores equipas chegam às finais, então é lógico que vamos enfrentar um adversário muito forte. Mas o mesmo vale para a AS Roma: eles também têm um adversário forte para enfrentar.
Sobre as expectativas que tinha para a época
Se olharmos para as últimas temporadas do Feyenoord, não acho que fosse realista esperar que chegássemos a esta final. Nos últimos anos, nunca conseguimos passar da fase de grupos.
Mas quando se começa a trabalhar com uma equipa destas percebe-se que ela tem mais potencial do que se acreditava. As nossas partidas foram das mais espetaculares: muitos golos, energia, intensidade e muito futebol ofensivo. Estas são as coisas pelas quais o futebol holandês é conhecido. Portanto, independentemente dos resultados, podemos olhar para esta temporada com um sentimento muito positivo sobre a forma como nos apresentámos.
Sobe os pontos fortes do Feyenoord
Somos uma equipa de ataque, que gosta de ter muita bola e jogamos com muita intensidade. Quando não temos a bola, queremos recuperá-la o mais rápido possível, sendo agressivos e pressionando para recuperar a posse. Acho que somos uma equipa difícil de bater.
É preciso focar-se no adversário, nas qualidades que ele tem e nas suas fraquezas. É para isso que serve o plano de jogo, mas seria estranho jogar num sistema diferente na final. Jogaremos no nosso sistema habitual e com os jogadores que se espera, desde que estejam em forma..
Sobre o que significará erguer o troféu
Acho que só se pode descrever esse sentimento depois de o viver. Penso que já conseguimos deixar os nossos adeptos orgulhosos. Eles estão muito orgulhosos do que fizemos até agora, mas não nos contentamos apenas com isso. Queremos mais, porque temos qualidade para conquistar títulos. Não conseguimos fazê-lo no campeonato holandês. Não conseguimos ganhar o campeonato nem a taça.
Mas ainda temos uma oportunidade única na Europa. Os jogadores devem perceber que esta equipa tem potencial para ganhar alguma coisa e teremos que o demonstrar a 25 de maio. Para este grupo, que viveu tanto junto, esta é a última oportunidade de conquistar um troféu nesta temporada.