In the Zone: Como é que Man City e Real Madrid lidaram bem com a pressão
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025
Sumário do artigo
O observador de jogos da UEFA, Gareth Southgate, destacou a capacidade do Manchester City e do Real Madrid para gerir a posse de bola sob pressão na emocionante primeira mão do play-off da fase a eliminar.
Conteúdo media do artigo
Corpo do artigo
Foram cinco golos e uma reviravolta emocionante no final, mas para o observador de jogos da UEFA, Gareth Southgate, o que se destacou em particular na primeira mão do play-off da fase a eliminar da UEFA Champions League, entre o Manchester City e o Real Madrid, foi a capacidade técnica demonstrada pelos campeões de Inglaterra e Espanha.
Como esta análise trazida pela FedEx irá destacar, Southgate focou-se numa habilidade específica que é essencial no futebol de elite hoje em dia, aplaudindo a forma como os jogadores de ambos os conjuntos conseguiram escapar à pressão e manter a bola em movimento.
"Houve alguns momentos individuais excepcionais sob pressão para manter a posse de bola", disse Southgate, antigo seleccionador de Inglaterra.
Para Southgate, manter a bola sob pressão e depois progredir é uma competência essencial para o jogador de futebol moderno e o vídeo abaixo dá dois exemplos, começando pela preparação para o golo inaugural de Erling Haaland.
Quando Ederson vai para a esquerda, vemos como Kevin De Bruyne, sob pressão, precisa de um único toque antes de passar para Joško Gvardiol que, por sua vez, dá dois toques enquanto se afasta de Rodrygo e faz o passe para a frente, para Haaland.
Esta capacidade é crucial quando uma equipa quer avançar a bola de um ponto apertado para um espaço aberto.
"Trata-se de desenvolver jogadores resistentes à pressão. Para mim, é uma das melhorias mais impressionantes a nível técnico do jogo actualmente. Existe a capacidade de receber, também de "sentir" a pressão, de que lado está a vir."
Vemos isso novamente ilustrado no segundo clipe acima, que mostra a equipa de Carlo Ancelotti a avançar a bola no campo, no lado esquerdo. Dani Ceballos, a olhar por cima do ombro várias vezes, antecipa a chegada de John Stones e passa a bola a Jude Bellingham, que se afasta de Manuel Akanji e Bernardo Silva enquanto a conduz para Vinícius Júnior.
Southgate ficou impressionado com a capacidade de Vinícius Júnior, cuja jogada brilhante o levou a passar por Rúben Dias antes de lançar um passe fabuloso para trás da linha de defesa para Kylian Mbappé finalizar.
Como Southgate observou, a capacidade de tirar a bola de espaços apertados é praticada em campos de treino em 'meinhos'. "Estes jogos de posse de bola renhidos ou meinhos tornaram-se muito comuns, e vemos isso transferido para o campo nesses momentos", acrescentou.
Mais análises tácticas
Para o treinador do City, Josep Guardiola, a capacidade do Real Madrid para manter a bola a fluir foi uma característica crucial de uma impressionante exibição ofensiva dos detentores do título. "Aproximaram-se, com muitos elementos em torno da bola, e sequências com muitos passes e sempre com a ameaça atrás com jogadores tão rápidos, estes quatro na frente", disse Guardiola.
De todos os jogadores em campo, foi Bellingham quem produziu mais passes sob pressão (29), com Phil Foden e Stones em primeiro lugar pelo City (21 cada). O controlo de Foden, com a capacidade de gerir a bola em áreas apertadas, é outro exemplo do que Southgate destacou nesta análise e o clipe final abaixo mostra as suas capacidades no um-para-um em acção enquanto enfrenta Ceballos e sofre a falta para o penálti da equipa da casa aos 80 minutos.
Para o City o jogo acabou com um sabor amargo, que trouxe a primeira derrota em casa na Champions League desde 2018. Quanto a Southgate, esta foi uma noite acima de tudo que proporcionou uma demonstração de uma capacidade fundamental, como reiterou ao concluir: "Especialmente com tantas equipas a jogarem agora homem-a-homem, a capacidade de reter e depois progredir com a bola sob pressão vai ser cada vez mais importante."
