Seedorf: carreira, jogador favorito, com quem gostaria de ter jogado
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021
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Clarence Seedorf, antigo médio de Ajax, Real Madrid e Milan, revela quem o ajudou a conquistar um lugar único na história da UEFA Champions League.
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Já se passaram sete anos desde que o holandês Clarence Seedorf pendurou as chuteiras. No entanto, ainda é dono de um feito histórico na UEFA Champions League: é o único a ter conquistado a competição por três clubes diferentes (Ajax 1995, Real Madrid 1998, Milan 2003 e 2007).
A conversa surgiu no contexto do UEFA Champions League Trophy Tour, conduzido pelo Nissan LEAF, onde Seedorf recorda uma carreira de 22 anos, que começou quando ele tinha apenas 16 - curiosamente frente ao Vitória SC, nas provas europeias - e que o conduziu ao patamar mais alto do futebol.
Estilo de jogo
Quando cheguei à primeira equipa do Ajax joguei em todas as posições, excepto a lateral-esquerdo e a guarda-redes. Tinha 16 anos quando comecei, tentava encaixar-me e desempenhava qualquer papel. Isso deu-me capacidade para me adaptar durante os jogos, de perceber o que era necessário. Quando se desempenha papéis diferentes, entendemos melhor o que a posição exige.
Eu tinha também a mentalidade de um número 10, um médio-ofensivo ou um avançado porque jogava nessas posições quando era mais jovem. Por isso tinha aquela parte criativa e também o dever de defender porque jogava no meio-campo. Eu era como uma aranha numa teia que tem tudo sob controlo. Defendia ou atacava quando fosse necessário e iria desempenhar o meu papel nessa teia.
Estreia na Europa
O meu primeiro jogo a nível europeu, no Ajax, aconteceu quando fui convocado por Louis van Gaal – tinha ainda 16 anos – para jogar frente ao Vitória SC como lateral-direito. Tenho visto, ao longo dos anos, alguns jovens perderem-se completamente por causa da pressão exigida, devido a coisas que não conhecem e por, de repente, estarem a defrontar os seus ídolos. É preciso encontrar o equilíbrio certo e, nesse jogo, eu consegui isso.
Maior noite na Champions League
O jogo com o Manchester United, em Milão [nas meias-finais de 2007]. Depois de termos perdido [na primeira mão por 3-2] frente àquela equipa incrível do Manchester United, ganhámos por 3-0 em casa sem sofrer golos e não lhes demos grandes hipóteses. O Manchester United era famoso por marcar muito golos, em casa ou fora.
Por isso, toda a gente – e estou a falar da cidade, das pessoas, de todos! – considerou ter sido o jogo perfeito. Tacticamente, foi perfeito; os momentos em que marcámos os golos foram perfeitos e a exibição da equipa foi perfeita.
Com quem gostaria de ter jogado
Essa é difícil. O Didier Drogba e eu encontrávamo-nos de vez em quando. Ele dizia: "Tens de vir para o Chelsea" e eu respondia: "Tens de vir para o Milan." Isso nunca aconteceu, obviamente. Ele teria sido o ponta-de-lança perfeito para eu servir. Era também um tipo de avançado que corria muito e fazia assistências para os centrocampistas da sua equipa.
Por isso, diria o Drogba. Há muitos outros, mas falámos sobre o assunto e escolho-o a ele.
Actual médio preferido
Dos médios com mais técnica sempre gostei de ver jogar o Kevin De Bruyne, por causa da sua maneira de pensar. Fisicamente não somos iguais, mas a sua forma de pensar é muito parecida com a minha. Quando vejo os seus passes... gosto muito dele. É um grande campeão.
Consulte @nissansports para conferir outras estrelas que fazem parte do UEFA Champions League Trophy Tour, conduzido pelo Nissan LEAF.