Alcunhas das equipas na UEFA Champions League
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018
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Os oitavos-de-final vão contar com Lavatórios, Mineiros, Traseiros e Velhas Senhoras, já para não falar em alcunhas derivadas de mitos romanos e nobres medievais. Conheça-as todas e descubra as origens.
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Barcelona - Barça, Blaugrana (Azuis e Vermelhos), Culés (Traseiros)
Barça é a mais comum, Blaugrana a mais óbvia, e Culés a mais interessante. É muitas vezes aplicada aos adeptos e deve-se à história dos adeptos que não eram capazes de encontrar lugares no antigo estádio Les Corts. Ao invés, sentavam-se nos muros do recinto, expondo involuntariamente os traseiros a quem passava.
Basileia – Bebbi
Nos séculos XVIII e XIX, o nome Johann Jakob era muito comum em Basileia, por isso as pessoas com esse nome eram tratadas de forma vernacular por "Bebbi". Eventualmente, tornou-se tão popular que todos os rapazes originários de Basileia eram (e ainda são) conhecidos como Bebbi.
Bayern - Die Roten (Vermelhos)
Seis anos após ter sido fundado em 1900, o Bayern uniu-se ao Münchner Sport-Club por forma a utilizar o seu relvado e instalações. Havia apenas uma condição: tinham de trocar a cor do calções, de pretos para vermelhos. Desde então o Bayern passou a ser conhecido como "Die Roten".
Beşiktaş – Black Eagles (Águias Negras)
A alcunha tem a sua origem na equipa que cumpriu invicta a época de 1940/41. Num jogo, o Beşiktaş vencia o Süleymaniye, seu rival mais directo, por 1-0, mas em vez de abrandar atacou com ainda mais ímpeto. "Vamos, Águias Negras! Ataquem, Águias Negras!" ouvia-se na bancada, dito pelo pescador Mehmet Galin, segundo testemunhas. A equipa correspondeu ao apelo, goleando por 6-0 e ganhando uma nova alcunha.
Chelsea – Blues (Azuis)
O Chelsea sempre vestiu de azul, inicialmente o tom claro da escola pública Eton, onde estudou o primeiro presidente do clube. O azul escuro foi adoptado em 1912. "Azul é a Cor" continua a ser popular em Stamford Bridge, devendo-se a uma canção originalmente interpretada pelo plantel na preparação para a final da Taça da Liga de 1972, e que atingiu o quinto lugar nas tabelas de venda do Reino Unido.
Juventus - Vecchia Signora (Velha Senhora)
O debate persiste em relação à origem desta alcunha, mas a maioria pensa que se deve à família Agnelli, que comprou o clube na década de 20. Queriam impor um estilo sofisticado, o "estilo Juve", por isso optaram pelo nome dado a uma senhora de origem nobre.
Liverpool – Reds (Vermelhos)
Não digam a ninguém, mas os famosos vermelhos foram em tempos azuis, adoptando as cores do Everton quando o substituíram em Anfield, em 1892. Dois anos depois passaram a usar vermelho, e desde os anos 60 que o fazem na totalidade do equipamento.
Manchester City - Citizens (Cidadãos), Sky Blues (Azuis Celestes)
Cidadãos surge como uma extensão de cidade (os membros do clube são agora designados Cityzens), enquanto Azuis Celestes se deve, como é óbvio, à cor da camisola.
Manchester United – Red Devils (Diabos Vermelhos)
O United era Heathens (é oriundo da área de Newton Heath, em Manchester, e jogava aos domingos), mas conta-se que, nos anos 60, Matt Busby gostou de Diabos Vermelhos, pois essa era a versão inglesa de Diables Rouges, alcunha dada em 1934 por um jornalista francês à vizinha equipa de râguebi do Salford.
Paris Saint-Germain – PSG
Os jornalistas que desejem evitar repetições ocasionalmente recorrem a Rouge-et-Bleu (Vermelhos e Azuis) ou Parisiens (Parisienses), mas o futebol francês adora um boa sigla.
Porto – Dragões
O dragão é o símbolo da cidade do Porto desde o século XIX, representando espírito de luta e invencibilidade. O Porto colocou-o no seu emblema em 1922, por sugestão do antigo jogador Augusto Baptista Ferreira.
Real Madrid – Merengues (Suspiros)
Tem origem num comentador espanhol de rádio, que comparou as camisolas brancas a um suspiro. Uma alcunha menos comum, Vikingos, é creditada a um jornalista do jornal britânico The Times, após comparar a reviravolta do Real Madrid frente ao Eintracht Frankfurt, que culminou com um triunfo por 7-3 na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1960, em Glasgow, com a invasão da Europa pelos Vikings.
Roma – La Lupa (A Loba)
O lobo é o símbolo da cidade de Roma. Quando o avô de Rómulo e Remo foi destronado pelo seu irmão, ordenou que os gémeos fossem atirados ao rio Tibre. Foram resgatados por uma loba, e mais tarde Rómulo fundou Roma.
Sevilha - Palanganas (Lavatórios)
Outra alcunha de origem incerta. Uma explicação é que o Estádio Ramón Sánchez Pizjúan se assemelha a um lavatório. Outra que estas peças de cerâmica no início do século XX eram brancas com riscas vermelhas, semelhantes às cores do clube.
Shakhtar Donetsk – Pitmen (Mineiros)
Mais uma homenagem a um passado mineiro, desta vez na região de Donbass, já que Shakhtar significa mineiro em ucraniano. Existe um martelo e uma picareta no emblema do clube, e muitos adeptos usam capacetes de mineiro laranja fluorescente.
Tottenham – Spurs
Uma versão curta de Hotspur, que provém de Harry Hotspur, um nobre inglês da Idade Média e que aparece na Parte 1 de Henrique IV, a obra de Shakespeare, e ficou famoso pelas esporas das suas botas e galos de luta.