Juventus - Barcelona: Duelo de nomeados para a Equipa do Ano

Chiellini ou Piqué? Dybala ou Suárez? Há espaço para Iniesta? Antes do embate entre Juventus e Barcelona desta noite, em Turim, os repórteres UEFA.com Paolo Menicucci e Graham Hunter olham para os nomeados dos dois clubes para a Equipa do Ano.

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O GUARDA-REDES

Gianluigi Buffon
Paolo: Aos 39 anos espera-se que a maior parte dos jogadores estejam em curva descendente! Mas não Buffon! Em 2017 voltou a estar ao seu melhor nível, dentro e fora de campo. Não me lembro de muitas grandes defesas, mas lembrou-me de uma em particular – talvez não a mais espectacular – contra um jovem em ascensão, 21 anos mais novo do que ele: "No fim do jogo troquei de camisola com Mbappé porque quando eu era jovem houve um jogador famoso que se recusou a dar-me a camisola dele e eu passei a detestá-lo", disse. Lenda..

OS DEFESAS

Giorgio Chiellini*
Paolo: Depois de um 2016 marcado por lesões, o veterano defesa-central voltou ao melhor nível em 2017. Defesa com três ou quatro homens? Não importa, desde que Chiellini lá esteja! Corajoso e altruísta, perdi a conta ao número de jogos que terminou com a cabeça ligada. "Somei três pontos em campo e oito na cabeça", disse recentemente depois de ter ficado, uma vez mais, a sangrar da cabeça, frente ao Olympiacos.

Alex Sandro
Paolo: A Juventus pode ter acabo por não conquistar a UEFA Champions League, mas o golo de Mario Mandžukić na final de Cardiff foi um dos melhores do ano. E Sandro teve um papel importante nesse golo, com um fantástico cruzamento de primeira. As suas qualidades ofensivas já eram conhecidas por todos, mas melhorou bastante a defender desde que chegou à Juve.

Gerard Piqué, bastião da defesa do Barcelona©Getty Images

Gerard Piqué
Graham: Pode não usar a braçadeira de capitão, mas é um líder em campo. Determinado e empenhado no ideal de sair a jogar a partir da defesa, é acima de tudo um competidor nato. No máximo das suas capacidades é um atleta invejável e é o melhor, mais elegante e mais inteligente defesa-central que anda por aí.

OS MÉDIOS

Miralem Pjanić
Paolo: Demorou a adaptar-se à nova equipa, mas o controlo de bola e a classe de Pjanić no meio campo são agora determinantes para o futebol da Juve. Também conhecido como 'o pianista', joga de forma igualmente confortável num meio-campo a dois ou a três e é uma verdadeira ameaça nas bolas paradas seja de onde for.

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Andrés Iniesta
Graham: Sempre que pergunto aos adversários ou aos colegas algo sobre Iniesta todos respondem o mesmo: é um futebolista que torna fácil o difícil. A verdade é que a sua forma de jogar é tão bela que é um privilégio poder vê-lo em campo. Soube preencher o vazio da saída de Xavi Hernández e tornou-se um capitão de sucesso, ganhador, em mais uma prova da sua grandeza.

OS AVANÇADOS

Paulo Dybala
Paolo: Muitos olharam para o embate dos quartos-de-final da UEFA Champions League da época passada entre Juve e Barça como um duelo entre Lionel Messi e o seu potencial sucessor, Dybala. Não são muitos os jogadores dignos de tal comparação e Dybala mostrou-se à altura, com dois golos na primeira mão, em Turim. Não é por acaso que lhe chamam "A Jóia".

Lionel Messi
Graham: Messi é um talento absolutamente único. Como única é a sua capacidade de produzir exibições que marcam uma era, de apontar golos estrondosos, de fazer assistências brilhantes ou de entreter tudo e todos com a sua classe. Pressão, forma, problemas físicos, vida familiar, mudanças de treinador – nada parece distrair Messi. Continua tão genial como sempre..

Luis Suárez
Graham: Já todos conheciam a qualidade competitiva do uruguaio, a sua eficácia no capítulo da finalização e a sua capacidade de actuar ao mais alto nível. Mas desde que passou a actuar ao lado de Messi mostrou ainda mais arte e uma capacidade para criar golos tão grande como a que tem para os marcar.

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*Escrito antes de Chiellini ter sido declarado indisponível para o jogo de quarta-feira, devido a uma lesão na coxa