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Cinco lições que aprendemos: Atlético - Real Madrid

O verdadeiro Atlético apareceu demasiado tarde na eliminatória, o Calderón teve uma despedida digna e o Real Madrid está a reescrever a história. Confira estas e outras lições retiradas do derby madrileno.

Cinco lições que aprendemos: Atlético - Real Madrid
Cinco lições que aprendemos: Atlético - Real Madrid ©Getty Images

O Calderón teve a despedida que merecia 
Dado que este iria ser o último jogo europeu do Atlético Madrid no Vicente Calderón, toda a gente que esteve presente contribuiu para uns fantásticos 90 minutos de despedida. Os adeptos do Atlético acreditavam realmente que a equipa podia virar a eliminatória e a atmosfera gerada desde o apito inicial foi incrível.

Com o Atlético a ganhar 2-0 ao fim do primeiro quarto-de-hora, o estádio parecia prestes a explodir e, apesar de, no fim, o resultado ter acabado por não ser o desejado, a forma como os fiéis adeptos do Calderón se mantiveram no recinto bem para lá do apito final, debaixo de uma chuva torrencial, comprova o apreço pelo esforço da equipa.

Resumo: Atlético 2-1 Real Madrid

Além disso, o Atlético ganhou o jogo - ainda que não a eliminatória - e o treinador Diego Simeone referiu que este triunfo podia significar o quebrar do enguiço europeu dos "colchoneros" ante o vizinho Real. O futuro, no novo Estadio Metropolitano, dirá se o argentino está tem razão.

Atlético pagou o preço da primeira mão 
Fazendo o balanço, os danos para o Atlético foram provocados na primeira mão, quando o Real Madrid passeou com um triunfo por 3-0 sobre o rival. Estamos habituados a ver um Atlético organizado, bem oleado e compacto. Mas nada disse se viu na primeira mão destas meias-finais.

Cristiano Ronaldo fez o que quis, assinando um "hat-trick", e só algumas grandes defesas de Jan Oblak evitaram que o resultado fosse ainda mais dilatado. Por mais que tenham lutado bravamente na segunda mão, uma desvantagem de três golos seria sempre grande demais para virar e no ar fica a dúvida do que poderia ter acontecido se os "colchoneros" tivessem jogado na primeira mão tão bem como o fizeram na primeira.

Ronaldo aponta a mais glória

Keylor deerminante 
A defesa do Real Madrid tem estado longe de ser um rochedo esta temporada – o jogo sem sofrer golos na semana passada, no Santiago Bernabéu, foi o único até à data nesta edição da UEFA Champions League e mesmo aí Keylor Navas teve de se aplicar para negar o golo a um isolado Kevin Gameiro quando o resultado estava ainda em 1-0.

Esta quarta-feira, os "rojiblancos" acercaram-se da baliza do Real Madrid desde o primeiro minuto e cheiraram a recuperação, mas Navas brilhou a grande altura. Uma excelente defesa a travar um remate de Koke logo aos cinco minutos deu o mote, com o costa-riquenho a mostrar igualmente grande segurança na saída aos cruzamentos.

Mais crucial ainda, porém, terá sido a dupla defesa a remates de Yannick Carrasco e Gameiro, garantindo uns 25 minutos finais bem mais tranquilos à sua equipa.

Modrić sublime 
Com o Real Madrid sob grande pressão na primeira meia hora a equipa podia muito bem ter entrado em pânico. Mas não Luka Modrić. O croata não se cansou de pedir a bola aos defesas para sair a jogar, nem de pressionar os atacantes do Atlético para lhes roubar o esférico se estes se descuidassem por um milésimo de segundo que fosse.

A certa altura, com cerca de 20 minutos de jogo, pegou na bola ainda na sua área, fintou dois adversários e lançou o contra-ataque. "Ele tem, uma calma única com a bola nos pés," elogiou Zinédine Zidane no final. "Quando tem a bola não mostra qualquer ansiedade e a sua experiência foi vital para nós esta noite."

Real Madrid à beira de fazer história 
Ainda nenhuma equipa conseguiu defender com êxito o troféu desde o nascimento da UEFA Champions League, mas o Real, com o seu registo europeu, tem boas possibilidades de o conseguir. Partirá confiante para a final com a Juventus, daqui a um mês, e sabe que o próximo golo na prova será o seu 500º na história da UEFA Champions League. Uma vitória por 1-0 em Cardiff será, pois, um cenário perfeito.

O golo de Isco no Calderón permitiu à equipa chegar aos 61 jogos seguidos a marcar, pelo que na final espera-nos um fantástico confronto de estilos: a segurança defensiva da Juventus contra o poderio ofensivo do Real.

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