Quem jogou no Mónaco e na Juventus?
sexta-feira, 28 de abril de 2017
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Rui Barros foi um dos 12 jogadores que representou tanto o Mónaco como a Juventus e figura ao lado de outros nomes sonantes como Thierry Henry, Lilian Thuram, Patrice Evra e Didier Deschamps.
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Rui Barros
Com energia física que parecia inesgotável, o pequeno e criativo português Rui Barros chegou aos "bianconeri" proveniente do Porto em 1988. Com 1,59m de altura, mostrou toda a sua classe em Turim, onde conquistou uma Taça de Itália e uma Taça UEFA em 1989/90. No final dessa temporada rumou ao Mónaco e venceu a Taça de França em 1990/91, antes de perder frente ao Werder Bremen a final da Taça dos Vencedores das Taças de 1992 no antigo Estádio da Luz. Antes disso, no entanto, o golo quem marcou de cabeça contra a Roma, nos quartos-de-final da prova, proporcionou ao Mónaco aquela que ainda é a sua única vitória contra equipas italianas.
Thierry Henry
Henry ganhou notoriedade em 1996/97 no Mónaco – o seu primeiro clube profissional – com nove golos na Ligue 1, numa época em que terminou campeão, antes de tornar-se na seguinte o melhor marcador da fase de grupos da UEFA Champions League, com dez tentos. O jovem rumou em Janeiro de 1999 para a Juventus por uma transferência recorde em França de 11 milhões de euros, mas acabou por sair oito meses depois e os escassos três golos marcados foram curtos para substituir com sucesso o lesionado Alessandro Del Piero. Contudo, a sua subsequente transferência para o Arsenal resultou muito bem.
Lilian Thuram
Um dos melhores defesas da sua geração, campeão mundial e europeu, Thuram foi uma das três estrelas contratadas pela Juventus no Verão de 2001 após transferir Zinédine Zidane para o Real Madrid – Gianluigi Buffon e Pavel Nedvěd foram os outros dois. Thuram fez 193 jogos pelo Mónaco antes de se mudar para o Parma em 1996 e confirmou a sua classe ao serviço dos “bianconeri” conquistando por duas vezes o “scudetto” e ajudando a equipa de Turim a atingir a final da UEFA Champions League em 2013.
David Trezeguet
A Juventus eliminou o Mónaco na meia-final de 1998, mas a jovem dupla atacante adversária não passou despercebida. Enquanto Henry saiu rapidamente após rumar à Juventus em 1999, Trezeguet tornou-se numa lenda do clube após ter ingressado no clube italiano no ano seguinte. Repetiu em Itália os dois títulos conquistados pelo Mónaco e os 171 golos fizeram dele o quarto melhor marcador de sempre da história dos “bianconeri” (o primeiro não italiano).
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Patrice Evra
As sobrancelhas ergueram-se quando Didier Deschamps recrutou Evra, de 21 anos, ao Nice, em 2002. Contudo, foi habitual titular nas cinco épocas que passou no Stade Louis II e peça-chave na equipa que chegou à final da UEFA Champions League em 2004, perdida frente ao Porto. Após nove temporadas no Manchester United, Evra assinou pela Juventus em 2014 e conquistou duas “dobradinhas”, mas a derrota com o Barcelona na final de 2015 da UEFA Champions League fizeram dele o primeiro jogador a perder quatro finais.
Marco Di Vaio e Christian Vieri
Na segunda metade de 2005/06, a linha atacante do Mónaco reunia uma prestigiada dupla atacante internacional italiana, mas cujas expectativas não se confirmaram. Di Vaio passou despercebido em duas épocas no Mónaco; Vieiri, longe dos seus melhores dias, fez cinco golos em 11 partidas. Os dois atacantes tiveram outra coisa em comum: foram ambos vice-campeões da UEFA Champions League pela Juve. “Bobo” jogou na derrota por 3-1 com o Dortmund em 1997; Di Vaio foi suplente não utilizado quando a Juve perdeu nos penalties com o Milan em 2003.
Didier Deschamps
Deschamps estreou-se como treinador no Mónaco em 2001 e ali permaneceu durante quatro épocas. Levou a equipa até à final da UEFA Champions League 2003/04, numa caminhada em que eliminou o Real Madrid e o Chelsea antes da derrota na final com o Porto. Saiu em 2005 e, no Verão seguinte, voltou à Juve, clube que representara em três finais sucessivas da UEFA Champions League na década de 1990. Deschamps promoveu a equipa da Serie B na sua única época à frente da formação italiana.
Vladimir Jugović
Os adeptos da Juventus irão sempre lembrar-se de Jugović pelo golo decisivo que marcou na decisão nas grandes penalidades contra o Ajax, na final de 1996 da UEFA Champions League, o último triunfo dos “bianconeri” na prova. O médio – que também ganhara a Taça dos Campeões Europeus pelo Estrela Vermelha nos penalties em 1991 – venceu também o “scudetto” na época seguinte. A sua passagem pelo Mónaco, na fase final da carreira, foi menos bem-sucedida e somou somente 19 partidas entre 2001 e 2003.
Três outros jogadores de menor destaque representaram também ambos os clubes: Sergio Almirón, Olivier Kapo, Morgan De Sanctis, actual guarda-redes suplente do Mónaco e o mais recente desta lista.