Lahm espera despedir-se em alta do Bayern
segunda-feira, 17 de abril de 2017
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"Os jogos que faltam vão ser ainda mais intensos," diz o capitão do Bayern, Philipp Lahm, ciente de que a partida ante o Real Madrid, na terça-feira, poderá ser a sua última na UEFA Champions League.
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Aos 33 anos de idade, Philipp Lahm confirmou que esta será a sua última temporada como futebolista profissional. Em conversa com o UEFA.com, o capitão do Bayern fala sobre os seus dias de glória e sobre os triunfos que ainda espera alcançar, apesar da derrota da semana passada por 2-1, em casa, frente ao Real Madrid, na primeira mão dos quartos-de-final da UEFA Champions League.
Porque decidiu que era este o momento certo para terminar a carreira?
Philipp Lahm: Só conseguiria jogar ao mais alto nível até ao final da presente época. Tudo se está a tornar um pouco mais difícil para mim; os treinos custam-me mais e já me aborreço um pouco a treinar. E eu não sou assim: gosto de desfrutar do que estou a fazer e percebi que não o conseguiria continuar a fazer por muito mais tempo.
Estou muito feliz com a minha carreira e com o que alcancei no futebol. Estou grato por ter podido viver tudo isto mas, claro, gostava ainda de ter um final feliz, o que significa, naturalmente, conquistar mais uns troféus pelo Bayern. Ainda podemos vencer três troféus esta época, por isso vamos esperar para ver o que acontece.
É conhecido pela sua versatilidade. Como é que adquiriu tal capacidade de interpretar o jogo em diferentes posições?
Lahm: É difícil explicar. Sempre fui dos jogadores mais baixos em campo, desde miúdo, por isso tive de encontrar forma de lidar com os outros jogadores. E isso levou-me a que tivesse de procurar antecipar as situações e compreender outras formas de lidar com cada jogada, porque não conseguia ganhar tantos duelos como os meus colegas. Talvez seja daí que isso vem.
Josep Guardiola disse: "Philipp Lahm é o jogar mais inteligente com que trabalhei." Um bom elogio?
Lahm: Claro, sobretudo vindo de um treinador que já ganhou tudo na sua ainda jovem carreira e que trabalhou com jogadores incríveis.
O facto de estar a preparar-se para se retirar torna as noites da UEFA Champions League ainda mais especiais?
Lahm: Jogar na Champions é sempre especial. Quando me estreei na Champions League pelo Bayern, joguei apenas dois minutos mas foi incrível estar em campo. Desde então já tive muitos jogos fantásticos pelo clube na prova. Estamos a jogar com os melhores jogadores do mundo e é isso que todos desejamos: colocarmo-nos à prova contra os melhores.
Mostrou-se muito calmo após o triunfo do Bayern na final de 2013 da UEFA Champions League; o que recorda desse momento?
Lahm: O objectivo máximo é sempre erguer troféus. Depois de ter perdido duas finais, em 2010 contra o Inter e em 2012 em Munique, contra o Chelsea, esse acabou por ser um momento muito emotivo, mesmo que eu o tenha transparecido. Acima de tudo, tive um sentimento de alívio, porque depois de duas finais perdidas imaginávamos como seriam as reacções se perdêssemos uma terceira.
É necessária uma grande conjugação de factores para se vencer uma prova como esta, e a sorte também faz parte desses factores. Pode chegar-se à final oito vezes e não ganhar nenhuma. E nós tínhamos consciência disso.
Acha que a actual equipa do Bayern é capaz de vencer a competição de novo?
Lahm: Temos jogadores de classe mundial. Mesmo que alguns já não estejam no seu pico, todos têm grande qualidade individual. E somos uma equipa mais madura. Estivemos nas finais de 2010, 2012 e 2013 e em todas as meias-finais desde então. E muitos dos jogadores actuais já aqui estavam em 2010.
Depois, temos jogadores como Xabi Alonso, que também sabe bem o que é vencer esta prova. Creio, pois, que temos o que é preciso para a vencer: qualidade, experiência e união.