Grandes surpresas na fase a eliminar da Champions League
segunda-feira, 1 de agosto de 2022
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O feito do Porto em 2004 figura na nossa lista que relembra algumas das maiores surpresas da UEFA Champions League a partir da fase a eliminar.
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A fase a eliminar da UEFA Champions League produziu algumas surpresas ao longo dos anos, com FC Porto, Deportivo La Coruña e APOEL entre as equipas que lograram deixar pelo caminho ilustres adversários.
O UEFA.com recorda algumas das maiores surpresas de sempre na prova.
Mónaco 0-0 Man United
Man United 1-1 Mónaco (total: 1-1, Mónaco apurado por golos fora)
1997/98, quartos-de-final
Depois de um nulo em França, o Mónaco de Jean Tigana pôs fim ao sonho do United em voltar a sagrar-se campeão europeu ao fim de 30 anos, após o triunfo em 1968. Um golo madrugador de David Trezeguet destabilizou o United, muito desfalcado por lesões, e, apesar de Ole Gunnar Solskjær ainda ter empatado, o Mónaco seguiu mesmo em frente. "Tivemos sorte por o United ter vários jogadores ausentes, mas isso não diminui o nosso feito", concluiu Tigana.
Real Madrid 1-1 Dínamo Kiev
Dínamo Kiev 2-0 Real Madrid (total: 3-1)
1998/99, quartos-de-final
Andriy Shevchenko colocou o Dínamo na frente, em Madrid. Predrag Mijatović ainda respondeu para os anfitriões na primeira mão mas, no segundo jogo, Shevchenko voltou a fazer das suas e bisou no encontro. Foi, talvez, o ponto mais alto da segunda era de ouro do Dínamo sob as ordens de Valeriy Lobanovskiy. A equipa de Kiev perdeu depois com o Bayern nas meias-finais e Shevchenko rumou ao Milan.
Porto 2-1 Man United
Man United 1-1 Porto (total: 2-3)
2003/04, oitavos-de-final
A expulsão de Roy Keane ajudou o Porto na primeira mão, mas o United parecia caminhar para os quartos-de-final quando Paul Scholes marcou em Manchester, no segundo jogo, até Costinha restabelecer a igualdade perto do fim, batendo Tim Howard na sequência de um livre de Benni McCarthy. Na memória de todos ficaram, também, os festejos de José Mourinho. "Quando Costinha marcou toda a gente enlouqueceu", recordou o então capitão Jorge Costa.
Milan 4-1 Deportivo
Deportivo 4-0 Milan (total: 5-4)
2003/04, quartos-de-final
Batido de forma clara pelos então campeões europeus em título, o Depor de Javier Irureta anulou a desvantagem trazida de Itália logo na primeira parte do jogo da segunda mão, em Espanha, chegando a intervalo a vencer por 3-0 graças a golos de Walter Pandiani, Juan Carlos Valerón e Albert Luque. Um golo do capitão Fran selou, em definitivo, a reviravolta na eliminatória e a eliminação do Milan de Carlo Ancelotti.
Real Madrid 4-2 Mónaco
Mónaco 3-1 Real Madrid (total 5-5, Mónaco apurado por golos fora)
2003/04, quartos-de-final
Derrotado por um adversário claramente superior em Madrid, o Mónaco viu-se a perder também na segunda mão quando Raúl González deu vantagem ao Real no Stade Louis II. Ludovic Giuly, contudo, empatou ainda antes do intervalo e Fernando Morientes – a jogar na formação monegasca por empréstimo dos madrilenos – deu a volta ao marcador, antes de Giuly bisar na partida e selar o surpreendente apuramento da formação do principado.
Inter 2-1 Villarreal
Villarreal 1-0 Inter (total: 2-2, Villarreal apurado por golos fora)
2005/06, quartos-de-final
A derrota da primeira mão em Milão tinha colocado fim à invencibilidade da turma do "submarino amarelo", treinada por Manuel Pellegrini, na UEFA Champions League (apesar de Diego Forlán inaugurado o marcador em San Siro com um golo logo no primeiro minuto), mas um golo de cabeça de Rodolfo Arruabarrena na segunda mão chegou para fazer cair mais um nome grande no El Madrigal: o Inter de Roberto Mancini.
Inter 2-5 Schalke
Schalke 2-1 Inter (total: 7-3)
2010/11, oitavos-de-final
Em dificuldades na Bundesliga, o Shalke venceu de forma sensacional no terreno dos então detentores do troféu na primeira mão (apesar de terem sofrido um dos melhores golos de sempre da prova logo a abrir, assinado por Dejan Stanković). Os pupilos de Ralf Rangnick defenderam depois com segurança e contra-atacaram na perfeição rumo a nova vitória no segundo jogo.
Lyon 1-0 APOEL
APOEL 1-0 Lyon (total: 1-1, APOEL vence por 4-3 nos penáltis)
2011/12, oitavos-de-final
Tendo já ter causado sensação ao ultrapassar a fase de grupos, o clube de Chipre foi ainda mais além: Gustavo Manduca marcou, na segunda mão, o golo que igualou a eliminatória e Dionisios Chiotis defendeu depois as grandes penalidades de Alexandre Lacazette e Michel Bastos to, garantindo o triunfo no desempate por penáltis. "Fizemos história", fez questão de salientar Manduca.
Barcelona 1-1 Atlético
Atlético 1-0 Barcelona (total: 2-1)
2013/14, quartos-de-final
Um empate 1-1 em Camp Nou foi seguido de uma vitória pela margem mínima em Madrid, graças a um golo de Koke logo aos cinco minutos. Numa época memorável, os "colchoneros" venceriam o seu primeiro título de campeões espanhóis de 1995/96 e apenas cairiam no prolongamento da final da UEFA Champions League, ante o rival Real Madrid.