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Ederson agarra oportunidade

O UEFA.com aborda a evolução de Ederson, guarda-redes do Benfica habituado a começar na sombra mas que agarra as oportunidades quando elas surgem.

Ederson nega o golo a Artem Dzyuba, do Zenit, rubricando uma boa exibição na Rússia
Ederson nega o golo a Artem Dzyuba, do Zenit, rubricando uma boa exibição na Rússia ©AFP/Getty Images

A história de Ederson com o Benfica não é de agora, já que foi esse o seu primeiro clube quando chegou a Portugal, vindo do Brasil. Esteve duas épocas nos "encarnados", em 2009/10 e 2010/11, nos Sub-17 e Sub-19, respectivamente.

Apesar das qualidades exibidas, quando chegou a altura de passar a sénior não fez parte dos planos, devido às contratações de Artur Moraes, destaque do Braga finalista da UEFA Europa League de 2011, Eduardo, titular da selecção portuguesa, e Mika, finalista vencido do Mundial Sub-20 de 2011.

Nessa altura também não havia equipa B onde pudesse evoluir, à espera de uma oportunidade ou transição progressiva para o plantel principal, por isso rumou ao Ribeirão, do terceiro escalão, onde fez 30 jogos, com o desempenho a valer-lhe o salto para a elite do futebol nacional, onde passou a representar o Rio Ave.

Tapado por Jan Oblak, futuro titular do Benfica, foi utilizado maioritariamente nas taças nacionais, num total de 8 jogos nessa época. No entanto, com a saída do esloveno, teve a oportunidade de ser titular e não a desperdiçou, ultrapassando a concorrência de guardiões mais experientes, estatuto que manteve na campanha seguinte, ajudando os vilacondenses a chegarem à final da Taça de Portugal e da Taça da Liga, perdidas para o Benfica.

Depois de se cruzar tantas vezes com o clube da Luz, parecia que estava destinado a regressar, e foi o que aconteceu. No entanto, deparou-se com mais um obstáculo de peso: o compatriota Júlio César, emblemático jogador da selecção brasileira. Tal como no passado, teve de esperar pela sua oportunidade, e acabou por disputar alguns jogos na equipa B, para manter a forma e o ritmo competitivo, antes de ser lançado na Taça da Liga, numa lógica de rotatividade. A oportunidade desejada acabou por surgir, e quando menos se esperava, na véspera de um jogo com o Sporting, decisivo nas contas do campeonato, devido à lesão do veterano guarda-redes.

Ederson não tremeu e ajudou o Benfica a vencer no reduto do adversário, com defesas seguras, mostrando as qualidades que lhe são reconhecidas. No início de Outubro, o guarda-redes revelou que a convivência com Júlio César era bastante benéfica e que seria importante para o seu futuro. "Conversamos bastante e eu procuro absorver os ensinamentos. É um guarda-redes com larga experiência, que me aconselhou a estar preparado para tudo ", disse.

Perante tamanha prova de maturidade no jogo com o rival lisboeta, a presença no "onze" que ia enfrenta o Zenit, na segunda mão dos oitavos-de-final da UEFA Champions League, era um dado adquirido. Em São Petersburgo voltou a estar em evidência, com um punhado de defesas vitais, mantendo o Benfica na frente da eliminatória quando os russos ameaçavam dar a volta, rumo a um triunfo notável, por 2-1. Na sequência dessa partida, foi eleito para a Equipa da Semana do UEFA.com.

Dono de uma agilidade notável, calma e segurança entre os postes, revelou humildade quando instado a comentar a titularidade que acaba de conquistar, afirmando: "Estou tranquilo, não deixo a euforia subir-me à cabeça e procuro aprender todos os dias com o Júlio [César] e o Paulo [Lopes]. Vou aproveitando as oportunidades que surgem".

Presença habitual na selecção olímpica brasileira, pode muito bem ser escolhido para os Jogos Olímpicos deste ano, a realizar no seu país-natal. Mas para já, segue-se mais um desafio de peso, com o Benfica a medir forças com o Bayern e Ederson a ter pela frente um dos clubes com mais potencial ofensivo da Europa.