Benfica dá a volta e vence Zenit
quarta-feira, 9 de março de 2016
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Zenit 1-2 Benfica (total: 1-3)
Com o prolongamento a avizinhar-se, Nicolás Gaitán empatou e recolocou o Benfica na frente da eliminatória, sentenciada por Anderson Talisca.
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- Nicolás Gaitán marca a cinco minutos do final, selando o desfecho da eliminatória
- Benfica nos quartos-de-final pela primeira vez desde 2012
- Bicampeão português vence 16 dos últimos 17 jogos
- Cabeceamento de Hulk empata a eliminatória aos 69 minutos - Anderson Talisca fixa resultado no último lance
- Sorteio dos quartos-de-final às 11h00 (de Portugal Continental) de 18 de Março, em Nyon
O Benfica apurou-se para os quartos-de-final da UEFA Champions League, ao triunfar no terreno do FC Zenit por 2-1, depois de já ter vencido na primeira mão, no Estádio da Luz, por 1-0. O Benfica respondeu ao tento de Hulk já no segundo tempo com golos de Nicolás Gaitán e Anderson Talisca nos últimos cinco minutos.
Os bicampeões portugueses apresentaram-se em São Petersburgo com uma defesa profundamente alterada, com o guarda-redes Ederson Moraes a estrear-se na prova, protegido no eixo da defesa por uma dupla improvavelmente composta por Victor Lindelöf e pelo habitual médio Andreas Samaris - que, por sua vez, viu o seu lugar a meio-campo ocupado por Ljubomir Fejsa, também ele de regresso à titularidade.
Ainda assim, coube aos comandados de Rui Vitória a primeira ocasião de perigo do encontro, aos quatro minutos, com Jonas a cobrar um livre directo para palmada de Yuri Lodygin sobre a trave para canto. Na resposta, dois minutos volvidos, Danny encontrou o Artem Dzyuba com um passe longo e o ponta-de-lança rematou cruzado na passada, mas ao lado.
Sem conseguir penetrar na área russa, o ataque do Benfica continuou a tentar surpreender Lodygin de meia-distância, mas Jonas rematou para defesa fácil. O bom momento dos visitantes prosseguiu até aos 20 minutos, momento em que Renato Sanches teve um perigoso remate à entrada da área, com a bola a passar mesmo muito perto do poste - culminando uma altura de melhor circulação de bola dos "encarnados".
Surgiu, em seguida, a melhor ocasião de golo do Zenit em toda a primeira parte, com Danny a deixar Dzuyba na cara de Ederson, mas o guarda-redes que rendeu Júlio César entre os postes saiu-se corajosamente aos pés do dianteiro russo e esconjurou o perigo. O Benfica passou, a partir daí, a jogar em contra-ataque e Nélson Semedo, após bom trabalho de Gaitán, chegou perto da área e rematou para defesa segura de Lodygin.
O Zenit regressou do balneário com um futebol muito mais veloz e passou a acercar-se com muito mais perigo da área do Benfica. A pressão da equipa de André Villas-Boas, que entretanto lançara Oleg Shatov e Igor Smolnikov na partida, surtiu efeito aos 68 minutos, seis minutos depois de Dzyuba ter rematado forte e por cima. O tento dos russos resultou de uma descida de Yuri Zhirkov, que ganhou duelo a Nélson Semedo, antes de cruzar a bola para um cabeceamento do desmarcado Hulk.
No lance imediatamente seguinte, Lindelöf subiu à área contrária num canto e cabeceou para grande defesa de Lodygin.
Após uma excelente iniciativa de Dzuyba para nova boa defesa de Ederson, acabou o Benfica por chegar ao empate e resolver de imediato a eliminatória, com o substituto Raúl Jiménez a proporcionar, de fora da área, uma enorme defesa para a barra de Lodygin. Gaitán estava por perto e recargou de cabeça para a baliza deserta.
No derradeiro lance do encontro, o Benfica operou a reviravolta no marcador, com Talisca, que entrara momentos antes, a bater Lodygin com um remate surpreendente, após bom trabalho individual na área.