Cinco lições para o Valência após derrota com o Zenit
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
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Graham Hunter pondera cinco lições que o Valência de Nuno Espírito Santo deve retirar da derrota em casa, por 3-2, diante do Zenit de André Villas-Boas, especialmente no espaço concedido.
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A UEFA Champions League é a mais importante e prestigiada competição de clubes da história do futebol. Assim, para que se possa sonhar em ter êxito nela, há uma série de regras a seguir, que podem ditar a derrota de quem as ignorar. A derrota em casa, por 3-2, sofrida pelo Valência de Nuno Espírito Santo ante o Zenit de André Villas-Boas mostra que há, pelo menos, cinco lições que a equipa espanhola tem de aprender.
Coesão
Espaço é algo que nenhuma equipa se pode dar ao luxo de conceder na UEFA Champions League. Quando Hulk inaugurou o marcador, aproveitou o facto de João Cancelo lhe ter oferecido um metro de espaço, suficiente para o brasileiro rematar cruzado, com êxito. No terceiro golo, Axel Witsel era um dos dois jogadores do Zenit solto de marcação na área do Valência e, quando recebeu a bola, André Gomes, de regresso após quatro meses ausente por lesão, não teve pernas para o impedir. Para além disso, também Danny dispôs sempre de demasiada liberdade ao longo da partida. Nuno esperará que os seus pupilos tenham aprendido a lição.
Sangue frio
No futebol de elite, em particular na UEFA Champions League, há que saber ter sangue frio. A equipa de Nuno apresentava muito mais estreantes na prova em comparação com o Zenit. E a adrenalina e o excesso de confiança numa possível vitória depois de recuperar de dois golos acabaram por ser fatais. Efectivamente, três minutos após André Gomes ter feito o 2-2, Witsel recolocou o Zenit na frente.
Adeptos em falta
A atmosfera dentro do Mestalla não deixou de ser calorosa, mas a verdade é que o Valência contou com o apoio de quase mais 18 mil adeptos quando bateu o Mónaco no "play-off". Chegou a parecer que havia, entre muitos adeptos, a ideia de que o difícil era chegar à fase de grupos e que levar a melhor sobre o Zenit seria dado adquirido. Não foi assim, e talvez os jogadores tenham sentido a falta de um estádio cheio.
Risco
O risco assumido por Nuno ao fazer saltar do banco Paco Alcácer e André Gomes deu frutos. Ambos trouxeram confiança e criatividade à equipa. O técnico português introduziu também uma mudança táctica, passando para um 3-4-3, tal como havia feito ante o Mónaco. Talvez o Valência possa começar a pensar em arriscar estas apostas numa fase mais prematura dos jogos, dado os bons resultados que têm dado.
Cautelas
Um jogador como Hulk tem de ser travado, custe o que custar. Cancelo e Jaume Doménech podiam ter feito mais nos lances dos golos do brasileiro. Mas é um facto que Hulk, quando está nos seus dias, é quase imparável e, por vezes, não há outro remédio senão aceitar que se foi batido por um fenómeno.