Torres aliviado com fim da série negra
quarta-feira, 18 de março de 2015
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"É necessária alguma sorte", explicou Fernando Torres ao UEFA.com após converter a grande penalidade que consumou o primeiro triunfo europeu do Atlético num desempate.
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![O Atlético comemora o primeiro triunfo num desempate europeu O Atlético comemora o primeiro triunfo num desempate europeu](https://editorial.uefa.com/resources/021f-0e9af76bbdef-2600c0f888be-1000/format/wide1/atletico_rejoice_after_their_first_european_shoot-out_success.jpeg?imwidth=158)
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Na estreia pelo clube de infância em jogos em casa na UEFA Champions League, Fernando Torres ajudou o Club Atlético de Madrid a vencer pela primeira vez, à quarta tentativa, um desempate por grandes penalidades nas competições europeias. Na terça-feira, os “colchoneros” triunfaram por 3-2, depois de terem batido o Bayer 04 Leverkusen por 1-0 e deixado a eliminatória empatada a um golo.
"A última vez que tinha estado neste estádio para um jogo da UEFA Champions League foi como adepto do Atlético e devia ter 10 ou 11 anos de idade", recordou o atacante ao UEFA.com no final do encontro. "Por isso este triunfo deve ser um pouco mais especial para mim do que para os meus colegas."
Quando Mario Suárez marcou, à meia-hora de jogo, e anulou o golo que tinha sido apontado por Hakan Çalhanoğlu na primeira mão, ficou a sensação que Torres teria uma noite bem mais tranquila. No entanto, os campeões espanhóis não conseguiram voltar a marcar e muitos terão receado que o frustrante registo em desempates europeus poderia vir a ter um novo capítulo.
Derrotado por 7-6 nas grandes penalidades pelo Derby County FC na segunda eliminatória da Taça UEFA de 1974/75, o Atlético foi batido por 3-1 no desempate pela ACF Fiorentina na primeira ronda da mesma prova em 1989/90. O tendência manteve-se quando o clube, que é conhecido por alguns como El Pupas (o amaldiçoado), perdeu com o Villarreal CF na final da Taça Intertoto de 2004, mais uma derrota por 3-1 nos pontapés a 11 metros da baliza.
Pelo contrário, o Leverkusen tinha todas as razões para estar optimista para as grandes penalidades depois de ter resistido a uma enorme pressão durante 120 minutos em Madrid. Os alemães tinham triunfado de forma dramática no único desempate disputado nas competições da UEFA, por 3-2, frente a outro clube espanhol, o RCD Espanyol, na final da Taça UEFA de 1988, depois de terem conseguido anular a derrota por 3-0 da primeira mão. Além disso, o guarda-redes Bernd Leno tem uma excelente eficácia nos penalties. O alemão de 23 anos defendeu cinco tentativas na época passada e tem um sucesso de defesas que se traduz em 37 por cento de remates travados em toda a carreira.
A equipa de Diego Simeone conseguiu superar este enorme desafio. "Para vencer um desempate por grandes penalidades é necessária alguma sorte. Temos de marcar com confiança, apesar de o Leno ser um grande guarda-redes", acrescentou Torres depois.
"Já podia voltar a respirar, foi um momento emocionante", confessou o avançado de 30 anos depois de mostrar tranquilidade e fazer o 3-2. Na resposta, Stefan Kiessling rematou por alto, o Atlético garantiu a segunda presença consecutiva nos quartos-de-final e Vicente Calderón entrou em delírio.