City paga o preço de irritar Suárez
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
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"Mais inspirado, mais motivado" graças à boa recepção no Manchester City, Luis Suárez não foi na terça-feira o único jogador inspirado do Barcelona, escreve Simon Hart, do UEFA.com.
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• Luis Suárez inspirado pela recepção hostil na vitória por 2-1 sobre o Manchester City FC
• Jogador do Barcelona "mais inspirado, mais motivado com apupos dos adeptos"
• Para o guarda-redes do City, Joe Hart, a equipa "entrou em pânico" e "recuou"
• Vincent Kompany lamenta “passividade” inglesa na primeira parte
•Segunda mão joga-se no dia 18 de Março, sendo o sorteio dos quartos-de-final dois dias depois em Nyon
Luis Suárez não teve a mais calorosa das recepções mas as vaias que saudaram os seus primeiros toques na bola foram apenas uma motivação extra para o seu regresso triunfal a Inglaterra.
Os dois golos na primeira parte de Suárez da vitória do FC Barcelona por 2-1 na primeira mão sobre o Manchester City, na terça-feira, foram o primeiro bis por um clube que conseguiu desde que em Julho saiu do Liverpool FC. É também a primeira vez que bisa numa partida oficial desde que fez dois golos a Joe Hart, do City, quando desfez as esperanças da Inglaterra no Campeonato do Mundo do Brasil. Foram duas magníficas e cirúrgicas finalizações e a mensagem depois do avançado uruguaio fez lembrar o “não me irritem” do Dr. David Banner em “O incrível Hulk”.
O que ele disse ao UEFA.com: “Obviamente que é agradável, em primeiro lugar por ter sido capaz de ajudar a equipa com golos importantes num jogo a eliminar da Champions League [e] claro, voltar a Inglaterra e [vencer] uma equipa contra quem se está sempre motivado para defrontar. Há certo tipo de jogadores, como eu, que ficam mais inspirados quando são apupados pelos adeptos – isso ajuda e motiva um pouco mais.
De acordo com Suárez, o sucedido em Manchester foi uma das melhores exibições dos homens de Luis Enrique: “Fizemos um jogo realmente muito bom, a equipa em geral, e tratámos de tentar conseguir tirar vantagem nos espaços que o City deixou. Fomos mais inteligentes na leitura do jogo e criámos muitas oportunidades e poderíamos até ter feito mais um golo”.
Pelo contrário, para o City, eles não foram nada da equipa “agressiva” que Manuel Pellegrini havia prometido na antevisão do jogo. O chileno surpreendeu muitos observadores com uma formação em 4-4-2 - ao invés de optar por um único atacante e cinco médios, como fez nas vitórias do City sobre o FC Bayern München e a AS Roma. Segundo o guarda-redes Hart, o campeão inglês “entrou um pouco em pânico” e “recuou” assim que na primeira parte sentiu a intrusão do Barcelona, com o capitão Vincet Kompany a afirmar que a passividade dos “citizens” até ao intervalo facilitou a vida ao Barça.