Atlético beneficia da filosofia de Simeone
quinta-feira, 22 de maio de 2014
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Diego Simeone levou o Atlético ao triunfo na UEFA Europa League, SuperTaça Europeia, Taça de Espanha e Liga; agora está perto de vencer a prova mais importante do futebol europeu.
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O apuramento do Club Atlético de Madrid para a sua primeira final da UEFA Champions League - um evento inédito entre duas equipas da mesma cidade –, segundo Diego Simeone: "É fruto do trabalho que temos vindo a realizar há quase três anos."
Simeone assumiu o comando dos "conchoneros" em Dezembro de 2011, depois de ter tido duas passagens pelo clube ao longo de uma brilhante carreira como jogador, e terminou a época de estreia com um triunfo sobre o Athletic Club numa final da UEFA Europa League totalmente espanhola disputada em Bucareste.
Agora, depois de no sábado ter levado o Atlético a conquistar o primeiro título da Liga espanhola desde 1996, ao conseguir empatar no reduto do rival FC Barcelona, num jogo de enorme tensão, o antigo médio internacional argentino está a preparar os seus jogadores para o mais importante de todos os desafios, a final de Lisboa, este sábado - na tentativa de alcançar o 13º encontro de uma campanha europeia marcada pela invencibilidade, frente à equipa que bateram na final da Taça de Espanha da época passada.
"É o fruto do trabalho que temos vindo a realizar há quase três anos", explicou Simeone ao UEFA.com. "Reagimos bem na UEFA Europa League há ano e meio, se bem me lembro. Continuamos a ter a mesma humildade, a mesma ética de grupo. Dos atacantes até ao guarda-redes, toda a equipa sabe como tem de jogar para ter sucesso, de forma a tirar partido dos nosso pontos fortes e esconder as nossas fraquezas. Porque também temos fraquezas, só esperamos não as demonstrar."
Quarenta anos depois da única participação na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, uma derrota por 4-0 na finalíssima com o FC Bayern München, depois de as equipas terem empatado 1-1 em Bruxelas, o Atlético vai defrontar um adversário bem conhecido na sua segunda final. Vai ter pela frente uma equipa que quer fazer história e dar ao Real Madrid o décimo triunfo na competição, um sonho que ficou conhecido como "la decima".
"É uma rivalidade histórica", recordou Simeone, de 44 anos, que tem oportunidade de tornar-se apenas no terceiro treinador não europeu a conquistar o troféu, depois dos compatriotas Luis Carniglia (Real Madrid 1958, 1959) e Helenio Herrera (FC Internazionale Milano 1964, 1965).
"É muito bom, tanto pelos jogos como pelo facto de uma mesma cidade ter uma equipa tão poderosa como o Real Madrid e um conjunto tão lutador como o Atlético de Madrid. As idiossincrasias dos clubes não poderiam ser mais acentuadas, incluindo de uma perspectiva social. Cada equipa usa as armas que tem à sua disposição, é uma grande rivalidade, independentemente do clube que se apoia."
O que dizer do adversário que o Atlético vai defrontar no Estádio do Sport Lisboa e Benfica, uma equipa que o conjunto de Simeone só conseguiu vencer uma vez em quatro encontros esta época? "Eles já jogaram com três médios e três atacantes, mas recentemente têm conseguido bons resultados a jogar em 4-4-2", explicou o antigo técnico do Calcio Catania. "Com os jogadores de qualidade que têm, serão perigosos independentemente do sistema que usem. O Real Madrid tem grandes personalidades em todos os sectores, excelentes jogadores."