Perfil do finalista: Real Madrid

Equilibrado, determinado e eficaz são adjectivos que poderiam descrever a figura em destaque numa famosa fotografia exposta no museu do Real Madrid CF. O imagem é de Zinédine Zidane, instantes antes de desferir o remate que deu ao clube espanhol o nono trunfo na Taça dos Clubes Campeões Europeus na final disputada há 12 anos. Os jogadores “merengues” têm demonstrado esta época qualidades semelhantes às do antigo internacional francês e querem também fazer história, tendo conseguido ultrapassar a última barreira e marcar presença na final da UEFA Champions League.

História da época
Dos adversários do Real Madrid no Grupo B - Galatasaray AŞ, FC København e Juventus – só a antiga equipa de Carlo Ancelotti conseguiu criar dificuldades aos espanhóis na tentativa de alcançar o primeiro lugar. O empate a dois golos com os italianos em Turim foi o único ponto perdido numa fase de grupos quase perfeita do clube que já foi campeão europeu em nove ocasiões.

A equipa de Cristiano Ronaldo, Pepe e Fábio Coentrão terminou com nove pontos de vantagem sobre o perseguidor mais próximo e igualou um recorde ao marcar 20 golos, tendo depois de medir forças com as melhores equipas da Bundesliga na fase a eliminar. O FC Schalke 04 foi a primeira vítima, antes de os finalistas da época passada, Borussia Dortmund e FC Bayern München, terem um destino semelhante. A equipa de Jürgen Klopp infligiu a única derrota desta campanha ao Real Madrid numa noite rara de menor acerto dos “merengues” no BVB Stadion Dortmund.

Palmarés em finais
12J 9V 3D
Última participação em 2001/02 frente ao Bayer 04 Leverkusen (Hampden Park, Glasgow)

Registo frente ao adversário da final
O “derbi madrileno” é sempre um dos pontos altos da época em Espanha, mas as duas equipas só se defrontaram por uma vez nas competições da UEFA: na meia-final da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1958/59. Uma grande penalidade de Ferenc Puskás permitiu ao Real Madrid ficar com uma vantagem de 2-1 na primeira mão, mas um golo solitário de Enrique Collar possibilitou ao Club Atlético de Madrid vencer por 2-1 no segundo jogo e forçar um encontro de desempate para decidir quem passaria à final. Alfredo Di Stéfano inaugurou o marcador para o Real Madrid, Collar empatou e o encontro em Saragoça ficou decidido quando Puskás marcou aos 42 minutos.

Momento-chave
O Real Madrid, que tinha sido batido nas meias-finais nas últimas três épocas, viajou para a Alemanha com o objectivo de superar a sua "besta negra”, o Bayern de Munique. Os bávaros perderam por 1-0 na primeira mão, devido a um golo de Karim Benzema, mas tinham a motivação das oito vitórias e um empate conseguidos nos nove encontro em que receberam o clube de Madrid. No entanto, os campeões em título, treinados por Josep Guardiola, foram irremediavelmente goleados por 4-0 na segunda mão.

Frase
"Esta equipa não pára de me surpreender e hoje esteve excelente. Estou muito feliz porque os jogadores e toda a gente no clube trabalharam muito para isto. Vamos disputar a final e queremos ganhar.”
O treinador do Real Madrid, Carlo Ancelotti

Melhor marcador
Depois de ter batido o recorde de golos na fase de grupos da UEFA Champions League, Cristiano Ronaldo bisou no Fußball Arena München e estabeleceu um novo máximo numa edição da Taça dos Clubes Campeões Europeus, atingindo os 16 golos ainda antes de disputar a final.

Herói anónimo
O treinador Ancelotti comunicou a Iker Casillas que seria suplente de Diego López na Liga espanhola, mas recompensou-o com a titularidade na UEFA Champions League e na Taça de Espanha. O jogador espanhol mais internacional de sempre fez várias defesas decisivas na campanha europeia dos “merengues” e deve disputar a 22ª Taça de Espanha e a final da UEFA Champions League em Lisboa.