Atlético quebra 40 anos de jejum em meias-finais
segunda-feira, 21 de abril de 2014
Sumário do artigo
Passaram 40 anos desde que o Atlético esteve pela última vez numa meia-final da Taça dos Campeões e por isso recordamos alguns dos homens que desbravaram o caminho em 1974.
Conteúdo media do artigo
Corpo do artigo
A soberba chegada do Club Atlético de Madrid às meias-finais da UEFA Champions League trouxe à memória outras campanhas do clube durante as décadas de 1960 e 1970, incluindo aquela, em 1974, na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus.
O hiato de 40 anos entre as presenças nas meias-finais é um recorde na competição – batendo a marca de 33 anos anteriormente detida pelo Borussia Dortmund entre 1964 e 1997. Tendo isso em mente, o UEFA.com recorda algumas das peças-chave da equipa do Atlético que estiveram na final de Bruxelas contra o FC Bayern München, que os espanhóis acabaram por perder na finalíssima.
Juan Carlos Lorenzo, treinador
Antigo avançado do Atlético, "El Totó", como Lorenzo era conhecido, havia chegado ao recém-campeão da Liga espanhola em 1973 com a missão de levar os "colchoneros" à glória na Taça dos Campeões Europeus. Apesar de a sua equipa ter ficado muito perto de o conseguir, depois de terem sido desfeiteados pelo Bayern no último pontapé na final, o antigo seleccionador da Argentina – famoso pela sua natureza supersticiosa – foi substituído na temporada seguinte por Luis Aragonés.
Miguel Reina, guarda-redes
Pai do actual guarda-redes do SSC Napoli, Pepe, Reina Sr. – que se transferiu do FC Barcelona para o Atlético – falhou apenas uma partida dos "rojiblancos" na campanha de 1973/74. O primeiro golo que sofreu na competição foi apontado por Hans-Georg Schwarzenbeck, no prolongamento, no empate 1-1 contra o Bayern. Dois dias mais tarde, pouco pôde fazer para impedir o gigante bávaro de triunfar por 4-0.
Francisco Melo, defesa
Melo começou a carreira no Atlético como médio, destacando-se mais tarde como defesa-direito. Internacional espanhol, cumpriu 192 partidas pelo Atlético na divisão principal antes de sagrar-se campeão pelo RC Deportivo La Coruña, como treinador-adjunto do seu antigo colega no emblema de Madrid, Javier Irureta, em 1999/2000.
José Luis Capón, defesa
Outro vencedor da Liga por três vezes no clube Capón, que passou dez temporadas no clube, disse: "Nasci do Atlético, vivi sendo do Atlético e tive a sorte de ser jogador do Atlético." Recordando a fatídica final de 1974, o lateral afirmou: "Não foi culpa de ninguém que tivéssemos empatado, mas foi uma pena, pois praticamente tivemos a taça nas mãos."
Eusebio Bejarano, defesa
Este forte, inteligente e versátil defesa foi cortejado pelo Real Madrid CF antes de ser contratado pelo Atlético em 1968. Fez o segundo golo da equipa na segunda mão da segunda eliminatória, mais concretamente na vitória fora sobre o FC Dinamo Bucureşti.
Ramón Armando Heredia, defesa
Um defesa-central argentino que chegou ao Atlético juntamente com o técnico Lorenzo, "El Cacho" tornou-se um ídolo no Vicente Calderón antes de rumar ao Paris Saint-Germain. Regressou como treinador ao Atlético para duas curtas passagens em 1993.
Adelardo, médio
Detentor do recorde de jogos pelo Atlético, Adelardo marcou 113 golos em 511 partidas durante os 17 anos que passou na capital espanhola. O internacional espanhol foi também campeão da Liga por três vezes, conquistou uma Taça Intercontinental, uma Taça das Taças e cinco Taças de Espanha. "Tudo o que se consegue no futebol é fruto de um esforço enorme", disse uma vez.
Ignacio Salcedo, médio
Natural de Madrid e adepto do Atlético, Salcedo cumpriu a formação no clube antes de se estrear pela equipa sénior. Uma vez lá, marcou 19 golos em 167 partidas na Liga. Entre os seus golos incluiu-se um importantíssimo, no prolongamento, na primeira eliminatória, que valeu o apuramento contra o Galatasaray AȘ.
Javier Irureta, médio
"Jabo", como era conhecido Irureta, fez 239 jogos pelo Atlético, como médio-ofensivo, nas oito épocas que passou no clube. Cumprido esse tempo no Atlético, transferiu-se para o Athletic Club, onde sofreu mais um desgosto europeu quando o clube basco perdeu a final da Taça UEFA de 1977, contra a Juventus. Como treinador, sagrou-se campeão da Liga e venceu a Taça de Espanha pelo Deportivo, falhando também por pouco a presença na final da UEFA Champions League 2004, sendo eliminado nas meias-finais pelo FC Porto.
José Armando Ufarte, médio
Ufarte havia emigrado para o Brasil com tenra idade e foi jogador do CR Flamengo antes de se mudar para Espanha e ingressar no Atlético. Marcador notável de alguns golos importantes durante os 323 jogos que fez pelo Atlético, o internacional espanhol tornou-se mais tarde adjunto de Luis Aragonés na bem-sucedida campanha do seu país no UEFA EURO 2008.
Luis Aragonés, avançado
Um ícone do futebol espanhol, apontou um golo no prolongamento que quase valeu a conquista da Taça dos Campeões Europeus de 1974, antes do tento de Schwarzenbeck mudar o curso da história. Na sequência de uma carreira de sucesso pela equipa na Liga espanhola – pela qual apontou 123 golos – o "sábio de Hortaleza" levou a equipa à conquista da Taça Intercontinental e da Liga espanhola como treinador, antes da vitória no UEFA EURO 2008, como seleccionador de Espanha, selar uma carreira brilhante.
José Eulogio Gárate, avançado
O único jogador do Atlético a a ganhar consecutivamente três troféus "Pichichi" como melhor marcador da Liga (embora em conjunto), Gárate apontou 110 golos em 231 jogos no campeonato, tendo ainda marcado por duas vezes na campanha de 1974 até à final. Capaz de jogar ora como extremo ou como avançado, Gárate - internacional espanhol – transferiu-se para o Atlético em 1966 e retirou-se 11 anos depois com uma lesão num joelho.