Mourinho grato pela paciência do Chelsea
terça-feira, 8 de abril de 2014
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Enquanto José Mourinho disse que o Chelsea teve finalmente o seu prémio, Laurent Blanc lamentou-se do golo tardio de Demba Ba, que cortou o caminho do Paris rumo às meias-finais.
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José Mourinho, treinador do Chelsea
Os jogadores seguiram o nosso plano, a nossa ambição. Fiquei muito feliz pelo resultado e por nós; tivemos a sorte de obter o resultado pelo qual lutámos. Se por alguma razão não tivéssemos marcado aquele segundo golo, ou se eles tivessem marcado no último minuto, ainda assim estaríamos orgulhosos dos nossos rapazes.
É das boas, uma boa vitória, mas são já tantas meias-finais para mim e para o Chelsea – nada de extraordinário. É bom porque foi 3-1 [na primeira mão] e nunca é fácil recuperar desse resultado. Mas estamos bem, os jogadores não estão aos pulos no balneário. Dois minutos e já está.
Fizemos o suficiente para marcar mais cedo, mas não aconteceu. A forma como o Paris disse que jogaria e a forma como o fizeram foram totalmente diferentes. Eles apostaram no contra-ataque e dificultaram-nos a vida. Testámos várias formações durante os treinos, pelo que os jogadores sabiam o que deviam fazer em cada situação. Demba [Ba] fez uma finalização crucial para nós. Merecemos seguir em frente, enquanto a equipa que foi defensiva acabou punida. Merecemos chegar às meias-finais.
Acreditámos sempre. Faz parte da nossa natureza e já se sabe como é o futebol. No fim de contas, arriscámos tudo esta noite. Em França, o Paris está a dominar, e o estilo do futebol francês nada tem que ver com a abordagem mais directa que esta noite demonstrámos. Os jogadores sabiam aquilo que precisávamos e tivemos aquele necessário momento de sorte.
Todos deram absolutamente tudo. Os meus quatro defesas estiveram brilhantes como sempre, os meus médios trabalharam como animais, David Luiz foi um monstro. Os meus jogadores de ataque tentaram criar com a sua qualidade e outros tentaram-no através do poder físico, e o Nando [Torres], tal como o Demba Ba, ajudaram quando entraram.
Estamos agora nas meias-finais, e se nos quartos-de-final já havia oito equipas fantásticas, o que dizer dos quatro que chegam às meias-finais... Tudo pode acontecer: há grandes adversários à nossa espera. Real Madrid, Barcelona, Atlético, Bayern, Manchester United? Não interessa.
Laurent Blanc, treinador do Paris
Há a decepção. É preciso notar que lutámos contra um Chelsea muito bom. Ironicamente, começámos esta segunda mão melhor que a primeira. Nos primeiros 25 minutos estivemos bem. Sofremos um golo decisivo a partir de um lançamento e isso colocou-nos em apuros, dando confiança ao Chelsea. Depois, no segundo tempo, eles tentaram aumentar a pressão sobre nós, fazer-nos sofrer. Infelizmente não aproveitámos as nossas oportunidades.
Há várias coisas que não funcionaram esta noite e outras que funcionaram. O [primeiro] golo veio contra a corrente do jogo e isso deu ânimo ao Chelsea. Pensei que podíamos marcar no contra-ataque, mas não fomos capazes. O Chelsea continuou a acreditar e, no final, foram premiados.
É minha opinião que, no geral, a diferença entre as equipas não foi grande. O Paris podia ter seguido em frente, mas infelizmente para nós é o Chelsea que o conseguiu. Mas o nível das equipas foi muito próximo, na minha opinião.
Permitam-me, em nome dos jogadores e da equipa técnica, demonstrar a minha decepção esta noite. Estivemos muito perto das meias-finais.