Personalidade do Barça dá esperança a Piqué
terça-feira, 30 de abril de 2013
Sumário do artigo
O Barcelona já conseguiu dar a volta a uma eliminatória de forma memorável na presente edição da UEFA Champions League e Gerard Piqué aponta a mais uma reviravolta inesquecível.
Conteúdo media do artigo
Corpo do artigo
O FC Barcelona tem uma autêntica montanha para escalar na recepção ao FC Bayern München, mas Gerard Piqué sente que, com o apoio dos adeptos que marcarão presença em Camp Nou, tudo é possível. "Acreditamos a 100 por cento que podemos dar a volta à eliminatória", afirmou o defesa.
Derrotado por 4-0 na Alemanha há uma semana, para chegar à sua terceira final em cinco anos, o Barcelona terá de fazer o que nenhuma outra equipa conseguiu desde o nascimento da UEFA Champions League: dar a volta a uma desvantagem de quatro golos trazida da primeira mão. Piqué, contudo, salienta o arsenal ofensivo à disposição do treinador Tito Vilanova, ao afirmar: "A nossa equipa conta com grandes jogadores. Quando entro em campo e vejo, ao meu lado, Leo [Messi], Xavi [Hernández], Cesc [Fàbregas] e por aí fora, sei que vamos ganhar."
Essa mentalidade ganhadora conduziu a turma catalã a seis presenças consecutivas em meias-finais da UEFA Champions League, feito sem precedentes na mais importante prova europeia de clubes, e, apesar de a tarefa que agora tem pela frente ser extremamente complicada, Piqué sonha em ir mais além. "Se conseguirmos dar a volta será algo de extraordinário, mas não valerá de nada se, depois, chegarmos à final e perdermos."
A formação "blaugrana" pode, ainda assim, ir buscar algum alento à última ocasião em que recebeu o Bayern, num encontro que venceu por 4-0, em 2009, com Messi a marcar dois golos. E, de volta à sua melhor condição física, o astro argentino vai, segundo Piqué, voltar a ser determinante esta quarta-feira. "Sabemos o que Messi significa, ele é o melhor do Mundo e poder tê-lo na equipa é, obviamente, uma grande notícia. É fundamental podermos contar com todos os jogadores, em especial com ele. Vamos precisar de ser muito ofensivos e de ter o Messi envolvido na maior parte de lances de ataque possível. Todos os nossos atacantes necessitarão de ser incisivos, criar muitas oportunidades e teremos, igualmente, de ser muito sólidos no meio-campo."
Para além da inspiração do "camisola 10", Piqué destacou também o papel dos adeptos que estarão presentes em Camp Nou como outro dos aspectos fundamentais para o Barça conseguir chegar à reviravolta. "Precisamos que os adeptos nos apoiem e nos façam sentir que ainda não estamos fora da Champions League. Os adeptos estão gratos com o que esta equipa já lhes ofereceu e eles merecem que nós joguemos bem."
"Será muito importante marcarmos um golo o mais cedo possível, para irmos adquirindo mais e mais confiança", acrescentou o internacional espanhol. "Depois de uma derrota por 4-0 começamos a duvidar de nós mesmos, mas à medida que os dias passam começa a surgir uma crença de que somos capazes. O futebol é extremamente psicológico. Temos 90 minutos para importunar psicologicamente o Bayern, com a ajuda dos nossos adeptos. Se eles marcarem um golo, nós teremos então de marcar seis, o que é ainda mais complicado, mas nunca deixaremos de acreditar."
Para que tal não aconteça, o Barcelona, que nos oitavos-de-final deu a volta a uma derrota por 2-0 no terreno do AC Milan com uma vitória por 4-0 na segunda mão, reconhece a importância de se manter, também, atento a defender. "Nos jogos grandes, os defesas têm lá estado sempre quando são chamados à acção. Não sofremos golos em casa contra o Milan e sofremos apenas um contra o Paris Saint-Germain. Esta equipa tem uma personalidade muito forte, que vem ao de cima sempre que é necessário. As pessoas podem confiar nesta equipa e prometo que a nossa defesa vai actuar a um grande nível."
"Quando sabemos que o adversário é forte nos lances de bola parada, temos de estar ainda mais concentrados e atentos a esses lances. Temos consciência de que não somos tão fortes como o Bayern nos pontapés de canto, mas isso são situações que nem sempre se podem controlar. Sabemos que temos de evitar ao máximo oferecer lances desses. Quanto mais ao ataque se joga, mais riscos se tomam e maiores são as possibilidades de se sofrer golos. Mas nos últimos anos mostrámos que somos capazes de bater qualquer adversário, em qualquer situação."