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Real acorda tarde e Dortmund está na final

Real Madrid CF 2-0 Borussia Dortmund (total: 3-4)
O Real falhou a reviravolta e, com apenas dois golos marcados, não impediu o Dortmund de avançar para a final da Champions League.

Marcel Schmelzer (à esquerda) em lance com Gonzalo Higuaín
Marcel Schmelzer (à esquerda) em lance com Gonzalo Higuaín ©AFP/Getty Images

O Real Madrid CF ganhou por 2-0 no Santiago Bernabéu ao Borussia Dortmund, mas perante o 4-1 da primeira mão, a formação alemã apurou-se para a final da UEFA Champions League.

A urgência que o Real Madrid CF tinha de chegar ao golo fez com que o jogo ganhasse um sentido único desde o apito inicial do árbitro. Pressionando muito alto, os "merengues" tiveram a primeira grande oportunidade quando Luka Modrić recuperou a bola nas imediações da área alemã e Mesut Özil serviu Gonzalo Higuaín, que desperdiçou o remate perante a mancha do Roman Weidenfeller.

Pouco depois, Cristiano Ronaldo aproveitou, na área, uma sobra de Özil, para rematar, mas por alto. A pressão sufocante dos espanhóis foi, por momentos aliviada, quando Robert Lewandowski surgiu na área a rematar à figura de Diego López. Na resposta, Cristiano Ronaldo, em pontapé acrobático, acertou em Weidenfeller. E logo após Mario Götze (lesionado aos 14 minutos) ter sido rendido por Grosskreutz, Özil surgiu na cara de Weidenfeller a rematar, mas ao lado, na derradeira situação de golo dos "merengues" na primeira parte.

Até ao intervalo, a solidariedade e acerto defensivo dos alemães manteve longe da sua baliza a equipa de José Mourinho, que utilizou Fábio Coentrão de início e deixou Pepe no banco. 

A segunda parte começou com o Real Madrid ao ataque, mas voltou a ser Lewandowski o primeiro a ser notado, com dois remates (48 e 49) muito perigosos. No primeiro atirou por alto e no segundo acertou com estrondo na barra. O Real conseguiu com facilidade construir lances ofensivos, mas continuava a pecar no último passe, facto aproveitado pelos alemães para, de pronto, saírem para o contra-ataque. Do banco saltaram Karim Benzema e Kaká, para a saída de Coentrão e de Higuaín, e Mourinho mostrava o quanto estava disposto a arriscar.

Aos 62 minutos, novamente o Dortmund à beira do golo, quando Marco Reus, na área, aproveitou uma desatenção geral, e serviu İlkay Gündoğan, que rematou de pronto para grande defesa de López. Estes lances exploravam, e também adensavam, a desinspiração do futebol dos espanhóis, que jogavam mais com o coração do que com a cabeça, não repetindo a imaginação e a continuidade apresentada no primeiro quarto de hora da partida.

Aos 70 minutos, Ronaldo tentou de bico o que não saía em jeito, mas voltou a falhar o alvo, num raro momento em que teve espaço para alvejar a baliza alemã.  Naquela que pareceu ser uma ressurreição dos locais, Kaká (71) surgiu a desviar para a baliza, mas ao lado. A dupla Reus/Lewandowski voltou a funcionar aos 75 minutos, com o polaco, da marca da grande penalidade, a acertar num defesa.

Benzema, na pequena área, conseguiu, finalmente, acertar com a baliza, aos 82 minutos, e reacendeu a chama da esperança da qualificação. Seis minutos depois Sergio Ramos encheu o pé na área e fez a loucura instalar-se em campo, mas o Real não foi capaz de marcar o terceiro golo que lhe daria a qualificação para a final da UEFA Champions League.

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