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Resistência épica vale final ao Chelsea

FC Barcelona 2-2 Chelsea FC (Total: 2-3)
O Chelsea esteve em desvantagem no jogo, na eliminatória e em número de jogadores, mas marcou dois golos e afastou o campeão.

Fernando Torres (ao centro), Didier Drogba (à direita) e Juan Mata comemoram a vitória do Chelsea na eliminatória
Fernando Torres (ao centro), Didier Drogba (à direita) e Juan Mata comemoram a vitória do Chelsea na eliminatória ©AFP/Getty Images

O Chelsea FC é a primeira equipa apurada para a final da UEFA Champions League de 2011/12, após empatar 2-2 no terreno do campeão espanhol e europeu em título, FC Barcelona, no jogo da segunda mão da meia-final realizada em Camp Nou.

Uma primeira parte rica em acontecimentos (três golos, uma expulsão, dois jogadores lesionados e duas reviravoltas na eliminatória) chegou ao fim após Ramires ter devolvido a vantagem na meia-final ao Chelsea, depois de Sergio Busquets e Andrés Iniesta a terem marcado a favor dos catalães.

O Barcelona, que voltou a contar com Piqué no centro da defesa, entrou com tudo e podia ter mesmo aberto o activo logo aos três minutos, não tivesse Lionel Messi rematado de pé direito às malhas laterais. Ainda antes do primeiro quarto-de-hora (12 minutos), os planos originais do Chelsea caíram por terra, uma vez que o central Gary Cahill teve de ceder o lugar ao lateral José Bosingwa.

Com o centro da defesa dos londrinos desfalcado, os catalães tentaram com maior afinco as penetrações pelo eixo e, em duas delas, aos 19 e 20 minutos, ficaram perto de marcar, tendo Messi e Cesc Fàbregas como protagonistas, com o argentino a rematar para defesa com os pés de Čech e o catalão a disparar ao lado.

Só então, e através de Didier Drogba, é que o Chelsea chegou à área contrária. Aos 25 minutos, o costa-marfinense tirou Piqué da jogada e rematou às malhas laterais, naquele que seria o derradeiro lance do central espanhol no jogo, pois também ele sairia lesionado, na sequência de um choque com Drogba e Víctor Valdés.

Depois, nos derradeiros dez minutos, surgiram três golos e uma expulsão. Sergio Busquets abriu o activo com uma emenda à boca da baliza a passe de Isaac Cuenca e, no lance seguinte, John Terry foi expulso. Aos 43 minutos, o panorama ficou ainda pior para o Chelsea, uma vez que Iniesta deu pela primeira vez a vantagem ao Barça na eliminatória, a passe de Messi. No entanto, já nos descontos, eis que, desmarcado por Frank Lampard por entre Carles Puyol e Busquets, Ramires entrou pelo lado direito e fez um chapéu a Víctor Valdés, recuperando a eliminatória para os londrinos.

A segunda parte começou praticamente com um lance que poderia ter decidido a eliminatória a favor do catalães, quando, aos 48 minutos, estes beneficiaram de uma grande penalidade a punir derrube de Drogba a Fàbregas. Chamado à conversão, Messi colocou demasiado o remate e acertou na trave.

Até final, o Barça tentou tudo: desde a entrada do jogador de campo mais alto que tinha no banco, Seydou Keita, passando por cruzamentos por alto para a área, até a remates de meia-distância, sendo que, com um deles, aos 82 minutos, e após ganhar espaço a Raul Meireles, Messi acertou na base do poste. Aos 89 minutos, Čech negou o golo de longe a Mascherano.

Mas uma estóica e segura defesa do Chelsea - reforçada por Lampard, Meireles e, até, Drogba - resistiu à avalanche ofensiva adversária e terá como prémio a presença na decisão de Munique, mais do que confirmada por um espanhol: Fernando Torres, o homem que rendeu Drogba, correu meio-campo sozinho, tirou um desamparado Víctor Valdés da frente e rematou para a baliza deserta.

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