FC Porto mostra a sua classe em Donetsk
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
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João Moutinho disse que "viram o verdadeiro Porto", após a sua equipa ter-se mantido na corrida pelo apuramento ao vencer o Shakhtar, enquanto Hulk, eleito o melhor em campo, destacou o colectivo.
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Eliminado da Taça de Portugal pela Académica no fim-de-semana passado, o FC Porto respondeu da melhor forma com uma vitória por 2-0 no terreno do FC Shakhtar Donetsk, na UEFA Champions League. Com este resultado, condenou o adversário ucraniano a terminar no último lugar do Grupo H e estabeleceu um duelo de tudo ou nada na última jornada, em casa, frente ao FC Zenit St Petersburg.
João Moutinho, médio do FC Porto
Esta noite viram o verdadeiro Porto. No último jogo, na Taça, jogámos mal, mas hoje a história foi completamente diferente. Controlámos o jogo e marcámos dois golos sem resposta. E é preciso não esquecer que o Shakhtar é um adversário forte e com valor. Foi extremamente difícil jogar aqui e não pensávamos que pudéssemos marcar dois golos em Donetsk. Agora segue-se mais um jogo difícil frente ao Zenit. É vital para o Porto jogar sempre bem, tal como fez esta noite.
Hulk, avançado do FC Porto
O Shakhtar é uma equipa muito forte, com jogadores de classe mundial, especialmente os brasileiros do ataque. É difícil jogar contra eles, mas 2-0 é um resultado justo. O Shakhtar teve bastantes oportunidades, mas o Porto podia ter marcado mais. Disseram-me que fui eleito o melhor em campo; estou feliz, mas isso só prova que a equipa, enquanto conjunto, se exibiu em bom nível. Não se pode ser o melhor sem a ajuda dos colegas de equipa. Agora temos uma excelente ocasião para nos apurarmos, já que disputamos o próximo jogo em casa. Apenas precisamos de estar concentrados como fizemos esta noite.
Sabíamos que, com força de vontade e qualidade, era possível vencer. E foi o que aconteceu. Estivemos muito concentrados e estou muito feliz com este resultado importante que alcançámos. Todos os jogadores merecem ser elogiados por isso.
Tomáš Hübschman, médio do Shakhtar
É difícil fazer comentários depois de um jogo como este; só posso dizer que precisamos de tirar conclusões do que se passou, já que queríamos dar um passo em frente na UEFA Champions League esta época, mas, ao invés, demos um passo atrás. Devemos analisar os jogos disputados, identificar os problemas e voltar ao padrão anterior. Controlámos bem a posse da bola e criámos oportunidades suficientes, mas o adversário aproveitou dois erros e marcou dois golos, enquanto nós não conseguimos castigar o Porto pelos lapsos que cometeu.
Henrik Mkhitaryan, médio do Shakhtar
Faltou-nos concentração e eficácia na finalização. Jogámos para ganhar, mas cometemos dois erros que deram origem a dois golos e nada podíamos fazer acerca disso. Acertámos duas vezes no poste. Depois disso, talvez tenhamos pensado que não demoraria muito até aparecer um golo, mas em vez disso foi o Porto a inaugurar o marcador. Queríamos muito vencer e foi por isso que lhes deixámos espaço para jogarem à vontade; houve alturas em que não conseguimos recuar para fazer a cobertura e fomos castigados por isso. O primeiro golo foi um rude golpe a nível psicológico, enquanto o segundo não mudou nada. Mas agora não faz sentido culpar este ou aquele jogador. O futebol é um desporto colectivo, por isso todos somos culpados.