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Empate do Valência não desanima Guaita

O jovem guarda-redes Vicente Guaita evitou a derrota no empate (1-1) caseiro do Valência ante o Schalke e avisou: "Se alguém já nos riscou dos quartos-de-final, estará a cometer um grande erro."

Ricardo Costa e Miguel (Valência) tentam parar Hao Junmin (Schalke 04)
Ricardo Costa e Miguel (Valência) tentam parar Hao Junmin (Schalke 04) ©Getty Images

Tem apenas 23 anos e fez esta terça-feira somente o seu terceiro jogo na UEFA Champions League, mas foi Vicente Guaita a impedir o FC Schalke 04 de infligir aquela que teria sido uma desastrosa derrota caseira ao Valencia CF na primeira mão dos oitavos-de-final da prova.

A equipa de Guaita, onde actuam os portugueses Miguel e Ricardo Costa, chegou à vantagem, disputou grande parte do encontro com autoridade e criou ocasiões suficientes para acabar com a sequência de cinco empates e um desaire nas últimas seis visitas de equipas alemãs nas competições europeias. No entanto, se não tivessem sido duas defesas absolutamente espantosas de Guaita na primeira metade a corresponder em voo a um cabeceamento de Peer Kluge e, depois, por instinto num mergulho de corpo inteiro para o seu lado direito para negar o golo a Raúl González e o Valência teria sido derrotado.

Guaita quer jogar na UEFA Champions League durante mais tempo e depois de conquistar a titularidade ao seu mentor, César Sánchez, também teve de abandonar rapidamente os postes para aliviar a bola antes que Klaas-Jan Huntelaar pudesse marcar, quando o marcador já registava 1-1. O jovem disse ao UEFA.com que não era a arrogância que o inspirava, mas a crença de que a equipa de Unai Emery pode ir até Gelsenkirchen e levar a melhor sobre o Schalke no jogo da segunda mão, a 9 de Março, e apurar-se para os quartos-de-final.

"Vivemos de esperança, pelo que de forma alguma este resultado significa que já não temos hipóteses", disse Guaita. "Se alguém já nos riscou dos quartos-de-final, estará a cometer um grande erro. Vamos até à Alemanha jogar para ganhar e iremos fazer tudo para o conseguir. Sobre este jogo, pode dizer-se que estamos decepcionados por não termos vencido. A vitória estava ao nosso alcance."

"Apesar de não ser bom empatar em casa nas competições europeias, creio que o mais importante a reter foi que a equipa estava completamente empenhada", acrescentou. "Estávamos na discussão e foi ainda mais importante não termos perdido. Graças a isso, ainda temos mais 90 minutos no estádio deles e posso prometer que não terão tarefa fácil."

Após o encontro, pode parecer que o destino interveio para assegurar o regresso goleador de Raúl frente a uma equipa que sempre gostou de atormentar, à qual apontou 12 golos em 24 encontros na Liga espanhola e mais um na final da UEFA Champions League de 2000. O antigo avançado do Real Madrid CF e da selecção de Espanha trabalhou incessantemente para relançar a sua equipa na eliminatória depois de Roberto Soldado ter aberto o activo na etapa inicial e, não fosse a categoria de Guaita entre os postes, o dianteiro teria deixado Mestalla ainda mais feliz.

"Nunca estive ciente que fosse eu contra Raúl, pelo que jamais pensei na sua reputação", disse Guaita. "Trata-se de alguém que admiro, mas o meu trabalho é defender remates e levar a melhor sobre os nossos adversários, simplesmente isso. Quanto às minhas duas grandes defesas, acho que foram igualmente importantes. Não gostaria de ter de escolher uma delas."

"O importante é que ainda estamos na discussão, não por causa do guarda-redes, mas devido ao enorme esforço colectivo. Todos têm a sua quota de responsabilidade e todos podemos ir para casa cientes de que demos o nosso melhor."

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