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Raúl prudente apesar do empate

Raúl González teve um "sentimento positivo" após marcar o golo que valeu o empate (1-1) ao Schalke, mas disse ao UEFA.com que o Valência "pode ser muito perigoso fora".

Raúl González marcou o golo do empate do Schalke
Raúl González marcou o golo do empate do Schalke ©Getty Images

No rescaldo do frenético e disputado jogo do Mestalla, Raúl González revelou-se tão elegante e objectivo como durante o encontro em que o FC Schalke 04 empatou 1-1 frente ao Valencia CF.

O avançado espanhol sabia que ia haver ocasiões em que os comandados de Unai Emery iriam estar em melhor forma e actuar com muita garra e motivação, mas Raúl estava bem avisado sobre o que aí vinha, pois já tinha passado por situações semelhantes vezes sem conta no passado. Roberto Soldado colocou a equipa de Miguel e Ricardo Costa na frente do marcador logo no minuto 17, mas, uma vez mais, Raúl mostrou que é um homem para grandes momentos e, pouco depois da hora de jogo, fez aquilo que o tornou um prodígio no Real Madrid CF aos 17 anos e que continua a fazer dele um avançado de topo 16 anos depois.

"Foi um sentimento positivo sair de um campo como o Mestalla [com um empate] ante uma boa equipa do Valência que foi, sem dúvida, melhor do que nós durante várias partes do encontro", disse o jogador de 33 anos ao UEFA.com. "O golo madrugador deles mostrou que nós estávamos com dificuldades em impor o nosso jogo, mas, a pouco e pouco, conseguimos acertar e na segunda parte tivemos oportunidades suficientes para marcar mais tentos."

"No entanto, se alguém subestimar o Valência e pensar que um empate fora é suficiente para seguir em frente, eu direi: 'tenham cuidado'", acrescentou. "Conseguimos dar a volta ao jogo depois de estarmos a perder por 1-0. Podíamos ter vencido, mas, apesar de tudo, foi um bom resultado, sabendo, porém, que o próximo jogo será mais do mesmo. Precisamos de ser intensos durante 90 minutos e jogar ao nosso melhor para nos apurarmos para a próxima eliminatória, pois o Valência pode ser muito perigoso fora de casa."

O golo do empate marcado por Raúl constituiu uma ameaça: o avançado sabia para onde José Manuel iria enviar a bola, correu e antecipou-se a David Navarro para receber o centro da esquerda; controlou com o pé direito e rematou com o seu letal pé esquerdo. Houve um espectador a quem este clássico golo de Raúl lembrou algo de muito positivo: o triunfo na final de 2002 da UEFA Champions League, em Glasgow, César Sánchez, guarda-redes suplente do Valência.

Normalmente titular e companheiro de equipa de Raúl em Madrid quando o Real venceu pela nona vez a Taça dos Clubes Campeões Europeus, em Hampden Park, César cedeu o lugar ao habitual suplente, o jovem Vicente Guaita, que se revelou decisivo ao defender um pontapé de Raúl que manteve o Valência empatado, antes de as equipas disputarem a decisão em Gelsenkirchen.

Raúl, que já ganhou a prova por três vezes, sabe bem a receita para o sucesso. "A chave de tudo isto é jogarmos de forma intensa e concentrada a segunda mão", explicou ao UEFA.com. "Um 0-0 dá-nos o apuramento, é verdade, mas o Valência é bem capaz de criar oportunidades na Alemanha e marcar um golo fora."

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